Distúrbios de aprendizagem: um desafio que vale a pena

Muitas são as crianças que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem. Para elas, assim como para qualquer pessoa é frustrante a sensação de que nunca ou quase nunca acertam e essa frustração às vezes se manifesta como resistência para fazer a atividade, baixa auto-estima ou irritabilidade. Para os pais é extenuante também, porque nem sempre é fácil lidar com essas situações. Dislalia, disgrafia, discalculia, dislexia, DPAC, TDAH, dentre outros são alguns nomes, no entanto, independentemente do que seja, é importante que os pais busquem ajuda. Sim, os pais. Não só a mãe, nem só o pai, ambos devem estar empenhados para ajudar seu filho vá superar as suas dificuldades.

Existem muitos casos em que um dos pais não aceitam que seu filho tem uma condição especial, fazem vista grossa e chegam a dizer que o cônjuge está vendo problema onde não existe, todavia, quanto mais tempo se leva para aceitar, maior é o prejuízo do seu filho.

Observe que estou evitando usar a palavra criança porque há muitas pessoas que arrastam essas dificuldades por muito tempo.

Uma pessoa com dificuldade de aprendizagem na leitura ou na escrita não se faz menos inteligente do que as outras pessoas, é importante que isto fique claro, pois poderá expressar sua inteligência de outras formas, portanto, esse pensamento errado deve ser abolido da mente de quem pensa assim.

O melhor é ajudar, encorajar e nunca subestimar; uma maneira de ajudar é responder uma pergunta com outra. Po exemplo, se a criança ou adolescente pergunta como se escreve tal palavra, o seu interlocutor devolve a pergunta da seguinte forma "Como você acha que se escreve essa palavra?"

Ao ouvir a resposta, parabenizar se acertou ou valorizar as partes que acertou, ensinando logo em seguida a maneira correta de se fazer. Por exemplo, se ele disse que CASA se escreve CAZA, diga que compreende o engano já que o S e Z tem a mesma pronúncia, mas que acertou o restante, e só precisa mudar essa letrinha.

Palavras como corrigir, refazer, acertar denotam trabalho dobrado, e notoriedade do erro, o que geralmente gera um certo estresse nessa hora.

É comum também que a criança queira o peixe assado, ao invés de aprender a pescar sozinho, quer dizer, ela prefere ouvir como se escreve ao invés de pensar em como se faz isso, até porque esse exercício pode ser um desafio para ela. Nesse momento, é preciso ser firme, sem ser rígido e não entregar o peixe, a menos que realmente a criança/ adolescente não saiba desenvolver nada da palavra, o que geralmente não acontece, porque o mais comum é que ela tenha alguma noção e, por vezes, até sabe, contudo, se sente insegura.

Incentive seu estudante a desenvolver essa autonomia , pois fará muito bem a ele.

Dificuldades existem, superação também e cada pessoa tem seu próprio ritmo, o que não a torna menor do que as outras, afinal, com apoio, incentivo e amor tudo é possível.