Perfis - BVIW

Escrever ou não escrever, eis a questão. Mas, para quem? Quem é o seu público-alvo? Aquele que a flecha do entendimento mexa com o seu estado de espírito. Porque tudo depende do momento e das circunstâncias. O indivíduo é um ser em constante evolução e mudança, e o que hoje faz sentido amanhã será interrogação. Os gostos não obedecem uma cadeia linear, eles são assimétricos e atemporais. Outra coisa é a linguagem empregada. Nem todos são eruditos, e a norma culta é tabu para a geração sem qualidades. Há quem goste de gíria, de mimi, de abreviatura e termos superficiais. Neste sentido, quem escreve deve passar um pente fino nos excessos, e tudo de mais é poluição intelectual. A arte de escrever está intimamente ligada à cultura do escritor, vez que, sua base literária comandará o conteúdo, a linguagem e o poder de persuasão. Essa varredura só deve acontecer quando o objetivo estiver bem delineado. Nem todo mundo quer se tornar João Ubaldo Ribeiro ou Ariano Suassuna. Pôr vezes, escrever é tão somente uma inquietação da alma, não um ofício. Se o ato de escrever desperta uma atenção positiva, bravo. Do contrário, será mais um diário pessoal. Entretanto, para aquele que debruça-se sobre à escrivaninha e tece trabalho é diferente, pois levará em conta o estudo gramatical, literário, tendência e perfil do leitor.

Jaciara Dias
Enviado por Jaciara Dias em 02/11/2021
Código do texto: T7376956
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.