MAIS PROFUNDO QUE UM DESTINO ACIDENTAL

Em 2004:

Hoje, coloquei o café na cafeteira e fui tomar banho...

Faltou luz, tomei banho frio e descobri que não era tão frio

Mas estava chateada porque não iria tomar café...

Quando terminei o banho, a luz chegou. Que felicidade!

Desistisse eu do banho, ficaria sem os dois.

Nem tudo é exatamente como a gente quer. Mas se for parte, já é ótimo!

Em 2007:

Foi uma experiência de um dia, continuo impaciente da mesma forma. Eu sei que saber esperar, não radicalizar, beneficia muito, mas isso não faz de mim uma criatura calma e paciente. Sou a pior das criaturas: aquela que nunca ninguém imagina como irá reagir diante de tantos fatos. O que me salva é que tenho bom humor e rio de qualquer piada, porque nunca me lembro de nenhuma, elas tem o eterno encanto de primeira vez. De vítima dos maus contadores de piadas de plantão - e creia-me que são muitos - passo a ser sua musa. E reflito o quanto me torno feliz ao rir de piadas antigas e quanto faço os péssimos humoristas felizes por rir, quando não de suas piadas, de suas pífias performances e de mim mesma!

Não importa o fundo amargo que possa conter o seu sorriso, esforce-se, solte-o e logo perceberá que está rindo de verdade.

Da minha parte já aprendi:

Rio dos meus desesperos. Rio, não gargalho que a gargalhada é muito mais profunda que um desatino acidental...

Deusa Urbana
Enviado por Deusa Urbana em 17/11/2007
Reeditado em 02/10/2017
Código do texto: T741031
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