A SABEDORIA DO JARDINEIRO
O Ruido da máquina de cortar grama acordou Maria Clara, que tirava uma soneca na rede, aproveitando o calor daquela tarde de setembro.
Próximo dali Dorival, o jardineiro, esmerava-se no cuidado com o gramado, com os canteiros e suas flores, que ele tratava como se filhas fossem. Ele conhecia todos os cantos daquele jardim, pois ja trabalhava ali a bem mais de dez anos.
Sempre que o barulho do cortador de grama cessava Maria Clara perguntava: a máquina parou? O que houve? A tal questionamento o jardineiro respondia: a máquina não parou, eu que parei, e complementava: as coisas não param nós é que paramos...
Essa máxima de Dorival, levava Maria Clara a refletir até que ponto em nossa vida nos é que paramos, nós é que desistimos, que colocamos empecilho dificultando a realização de nossos projetos?