Lembranças de um amor

No ano de 1999, tinha 39 anos de idade, trabalhava e morava na cidade de Rio Verde, Goiás. Ela tinha 16 anos e era muito bonita; eu a conheci por meio de sua mãe que trabalhava na Prefeitura e prestava serviço de zeladora na delegacia onde eu trabalhava como policial. Ela fumava assim como a sua mãe e gostava de andar de patins. E eu passava um tempão com ela jogando cartas.

Ela me dizia que por ter relação com o espiritismo, via seres de outro mundo e ouvia vozes de vez em quando. Certo dia por volta das 13 horas, estávamos (eu, ela e sua mãe) no meu Chevette de cor branca, ano 1982, atravessando o centro da cidade, quando ela disse: Alonso, olha que tanto de discos voadores. Eu olhei para o Céu e não vi nada. A sua mãe também dizia não ter visto nada.

Eu estava interessado em seus encantos, que a levei para conhecer a minha família em Goiânia. Ela quis que eu a levasse no centro da cidade para comprar um par de patins. Na época o setor onde minha família morava estava sendo asfaltado, e ela inaugurou o asfalto novo. Minha mãe gostou do jeito dela, um pouco criança. Ela dormiu na casa da minha mãe, e eu dormi num barracão no fundo.

De repente, eu disse a ela que estava interessado em outra moça. Ela foi embora da sua casa; tomou rumo ignorado o que preocupou a sua mãe e a mim. Passou na televisão o seu desaparecimento. Passados alguns dias ela foi encontrada com saúde, e não mais me procurou. A sua mãe deixou o serviço de zeladora na delegacia. Para completar, no início 2000 fui transferido para outra cidade. Nunca mais as vi.

Goiânia, 24-12-2021

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 24/12/2021
Reeditado em 24/12/2021
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