FINITUDE

A vida me ensinou a dar adeus num gesto sem maldade. Me ensinou que humanos são frágeis e não podem virar desafetos.

A vida me ensinou desde cedo a respeitar a dor alheia, numa fração de segundos, embalando doces, sob girassóis amarelos.

Aprendi a sonhar acordada com o coração em papéis de amar. E que o tempo traz marcas edificantes.

Incomunicávelmente transita se pelas vias do paraíso e desembarca se no mistério do sentir. Ardente é o verbo amar, fogoso é o apaixonar se. Há uma primavera para cada amor, há um Natal para cada dezembro.

Há uma flor para cada jardim, há uma saudade sem regras. A vida me ensinou que um olhar pode ser fatal e não arremesse o amor ao chão, pois, pode calar a verdade e aliar se a decepção.

A vida me ensinou que precisamos viver a vida em sua finitude, humildade, sabedoria e simplicidade.

A vida me ensinou que no transcorrer, os acasos trazem ensinamentos que vistos com os olhos da alma, isenta dos artifícios do mal e tudo se torna leve como a brisa .

Até mesmo quando a finitude solfeja o último adeus. Horizontes fecundos de renovada consciência e levemos pela vida a capacidade latente para ampliar horizontes.

Cada dezembro insurge forrando esperanças perdidas, alongadas em premissas de sonhos. Trazendo em suas cândidas mãos, o amor, que do alvor ao pleninunio é astro rei do domínio desse mundo.

LMBLM