O retrocesso fanático de uma sociedade imperfeita

Eu vou votar em fulano que me representa!!!

Ah vai? Então não fala mais comigo...

A partir do momento que alguém coloca uma divisão entre ela e outra pessoa, entende-se que a mesma pensa assim: “quem não está de acordo com minha ideologia política está contra mim”.

E consequentemente acaba-se atribuindo ao outro todos descréditos, todas as mazelas pelas quais um governo passa ou passou. Agir assim, caracteriza que indivíduos contrários a um tipo de pensamento se tornem inimigos, não adversários, não uma pessoa com valores e escolhas políticas diferentes. Você acaba atribuindo a tais contrariedades características demoníacas. Isso foi feito em diferentes momentos da história por conhecidos tiranos. Stalin, por exemplo, matou milhares de pessoas só porque as imaginava inimigos políticos. A igreja católica, durante séculos, mandava queimar mulheres porque dizia que elas detinham um saber que não era de Deus. A mulher era o capeta encarnado e por isso merecia ser queimada viva. Hitler achava que todo ser humano que não fosse da raça pura ariana não mereceria viver. O fanatismo é tão absurdo que faz com que até o mais tolo seguidor de uma ideologia torne-se intelectualmente superior a Freud ou Einstein, pois acreditem, esse tipo de "lavagem cerebral" cega e destrói o raciocínio humano. Isso mostra o quão irracional é o fanatismo.

A incapacidade de compreender opi­niões diferentes é uma ameaça à democracia. O fanático não fala, faz discurso; é portador de discursos prontos. Faz isso porque enquanto a fala é assumida pelo sujeito disposto ao exercício do diálogo, do esclarecimento da verdade, os discursos, especialmente o fanático, fazem sumir a razão para dar emoção a um argumento mesquinho, onde crenças moralistas carregadas de ódio em relação ao suposto inimigo precisam ser destruídas para reinar o que eles acham ser o bem.

O fanático pressupõe certeza e isso lhe basta, já que a verdade se torna subjetiva.

A sociedade está cada dia mais polarizada, descrente, em confronto com o óbvio, quando o que precisamos é de união e discernimento para sairmos desse incomodo e perverso patamar que nosso presidente mitológico, covarde e inescrupuloso nos colocou.

O retrocesso está fazendo de nós um país execrado no mundo enquanto vários outros que se encontravam na mesma situação como a nossa hoje são enaltecidos.

A imperfeição se tornou nosso lema, ou será nosso dilema?

Não quero ter esse rótulo e me recuso a ficar acomodado e não fazer nada para mudar o rumo dessa história.

Esse ano teremos a chance de reverter a situação nas eleições.

Assim espero, faço força e tento.

Então vamos nessa?

Inté....

Antônio de Magalhães
Enviado por Antônio de Magalhães em 07/01/2022
Código do texto: T7423716
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