NUNCA EXISTIU COVID?

Caro leitor, não sei se tenho algo que lhe dizer. Talvez, um beato. Mas, primeiramente, saúdo-te com a educação que Deus me deu e te digo uma ideia que o Diabo sussurrou aos homens. O diabo é tão perverso, que fez com que os homens criassem algo ou alguém para metafisicamente dominá-los. Algo, ou alguém, que deem esperança e conforto. Esse Diabo é muito malvado, vender esperança gratuitamente, só o Diabo seria capaz disso.

Nessa bela manhã tarde noite, o acaso, ou o Diabo, ou Deus, fez-me um caso para andar por uma certa rua tortuosa, onde encontrei um jornaleiro e assim como um curioso ambulante, que sou, olhei em um jornal a amostra:

''NÃO EXISTE ÁGUA. NUNCA EXISTIU ÁGUA. É SÓ UMA LOUCURA COLETIVA, QUE IMPORAM A VOCÊS PARA PENSAREM QUE EXISTE ÁGUA. VOCÊS NUNCA CONSUMIRAM ÁGUA!''

Essas palavras estavam escritas todas em maiúsculo com a fonte Times New Roman, ao fundo havia uma imagem daqueles que compactuaram com essa afirmação. Não. Não, era o Diabo e nem Deus. Então, ao analisar um texto verbal e não verbal como um todo, era notável que isso era dito por uma daquelas pessoas, que são ocupadas pela desocupação do fazer, são reacionárias e são dotadas de uma inteligência única.

Lembro-me de uma afirmação dita no século XIX, por homens com pensamentos semelhantes, em que dizia:

''NÃO EXISTE ESCRAVIDÃO. NUNCA EXISTIU UM ESCRAVO NEGRO. NUNCA UM HOMEM NEGRO SOFREU OU FOI ESCRAVO POR OBRIGAÇÃO. ISSO É COISA DOS LIBERAIS COLOCANDO NA SUA CABEÇA.''

Lembro-me de uma afirmação dita no século XXI, por personagens com ideais parecidos, em que falava:

''NÃO EXISTE COVID-19. NUNCA EXISTIU COVID-19. NUNCA HOUVE UMA MORTE POR COVID-19. ISSO SÓ É UMA GRIPEZINHA. É SÓ UMA MANIPULAÇÃO DA GRANDE MÍDIA.''

Pensando sobre isso, em um banco no final dessa rua tortuosa, com o jornal sobre as pernas. Vejo e começo a entender esse espetáculo, onde certas pessoas são trocadas para realizarem uma mesma peça teatral, que apesar de estar datada e cheia de letargia; os diretores continuam com o mesmo local, as mesmas falas e o mesmo roteiro. Os dirigentes revestem-se de um corpo carnal, atribuindo-se a essa abstração uma forma humana, material e sensível. De Gaulle encarnou a França em seu espetáculo. Otto von Bismarck encarnou a Alemanha. Um certo príncipe encarnou uma certa terra. O Sr. Siriguejo encarnou o Siri Cascudo e um certo alguém sem personalização, sem poder pessoal e sem poder coletivo tentou encarnar o que não é.

Nesse banco não tão grande, vejo aqueles que conservam, conservam mais do que valores e morais, conservam até discursos. Há também aqueles que são revolucionários, porém nada revolucionam a não ser a forma de ódio. Talvez, mal sabem que há mais coisas sobre o céu e a terra, do que suas filosofias...

Acho que já te entediei demais, caro leitor, com palavras inúteis, que nada te servirão. Airosamente, te digo que o tempo passará, as ideias sumirão, os homens passarão, e que fraldas e políticos são trocados pelos mesmos motivos…