O sal da saudade

Já imaginaram o tanto que a saudade dói? O tanto que ela arde? O tanto que ela costuma nos fazer chorar? O tanto que ela também costuma nos fazer rir? O quanto ela pode dar de sabor às nossas lembranças, aos nossos risos, às nossas lágrimas? O quanto ela pode nos encantar, nos levar para o canto de nós mesmos, aquele cantinho tão íntimo, ao ladinho do coração?

Já imaginaram que a saudade é temperada com sal? Que, na medida certa, a gente aprende muito com ela? Que aprende, também, a tirar proveito positivo das lições que ela passa pra gente? Que aprende, inclusive, a controlar as emoções e a chorar, chorando sabendo o porquê do choro? E que aqueles esbarrões e aborrecimentos, provocados pelas consequências das relações interpessoais, acabam sendo motivos de risos da nossa imaturidade de outrora?

Pois é! E o sal tem validade? E a saudade, até quando?

Yé Gonçalves
Enviado por Yé Gonçalves em 21/01/2022
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