O MUNDO COM DESEJOS LIVRE E A ALMA PRESA

Já contei um pouco dessa história, mas o desfecho dela continuou um pouco além do contado e ela ainda repercute na minha mente. Ao conversar com a moça ela repetia várias vezes a frase” eu só queria ter o direito de casar”  

Essa frase é muito comum nas lutas de classe, principalmente nos últimos anos, onde alguns direitos estão sendo revistos e leis incluídas a pessoas que antes não contemplava. Nessa batalha que é muito justa, tem uma observação que venho fazendo que precisamos pensar um pouco. 

Estão criando muitas expectativas em cima de temas de lutas como se eles trouxessem alegria e felicidade por si só. Vamos de alguns exemplos bem práticos e cotidianos que você provavelmente conhece algum deles.  

O casamento homoafetivo foi um deles. Se gritou em palanques, ruas e meio de comunicação que queriam se casar, porque precisavam se casar. Concordo, precisavam mesmo ter amparo da lei como famílias já construídas e também para proteger bens adquiridos e proteger a vida daquela escolha, onde no caso de morte de um o outro não fique desamparado, em caso de doença ter o direito e dever de entradas e saídas hospitalares e várias outras situações praticas.  

Ficou um vazio ao casar sem pensar na escolha. O divórcio ficou alto, e esqueceram que casar não faz ninguém feliz, a menos que sua escolha seja bem-feita e que a decepção da vida a dois pode sim acontecer, não importa sua escolha afetiva. 

Casar porque é lei e quero provar que posso não vai resolver a vida de nenhum casal. Essa é uma das escolhas que deveria ser mais pensada racionalmente e mais levada em conta o que não suporto, e não se faz assim. No início falei da frase, “quero só me casar”, infelizmente alguns casais que conversei sobre isso, já estão separados. Não aceitaram conversar, não aceitaram uma nova visão dos fatos e saíram apenas casando. Grandes festas, enormes gastos, mas não imaginando que ao cair no cotidiano era como todos os outros casamentos, não é a lei que vai segurar, mas apenas assegurar.  

Quando vejo um casal com dias de namoro já chamando de “meu bem”, penso sozinha, mais um fracasso eminente. E correm vão morar juntos, sem se conhecer, sem entender a dinâmica da vida e aí vão correndo com tudo e disfarçando as dores e os fracassos. Sinto muito em dizer, mas casamento não importa sua afetividade, ele tem a mesma dinâmica de conquista e permanência.

Encontrar um caminho a dois com felicidade não depende da sua escolha afetiva e sim do seu comportamento diante dos desafios. A vida a dois é a mesma no casamento, não esqueça isso. Trate sempre o outro como você deseja ser tratado e assim será mais fácil o entendimento.  

A troca de sexo é outra situação que precisa urgente ser repensada. Uma avaliação de quem pretende fazer é muito séria e a própria pessoa precisa entender quando o profissional o encaminha a não fazer não é tal fobia nem descriminação.

Ele normalmente não aceita conversar, nem uma outra visão dos fatos. Me pergunto se tatas cirurgias são realmente necessárias. Ou onde foi que tiraram a ideia de que o corpo pode e deve ser tão modificado em nome de uma suposta alegria, que pelo que venho acompanhando tem trago mais prejuízo que a tal alegria.  

A depressão, a falta da família que muitas das vezes são abandonadas porque o indivíduo não aceita que ela diga para esperar uma idade maior. Julga ser não aceita e sai de casa. Outras a família pede a retirada por não dar conta de conviver com tamanha mudança precoce e sem acompanhamento de todos envolvidos. Fora a questão de prostituição, que não vamos falar aqui. 

Estamos convivendo com mudanças bruscas em nome da tal felicidade que não chega, porque a realidade dos fatos não é essa mudança que o fara feliz. Mas no dia em que descobrir qual o SEU propósito de vida. Deus não erra ao nos fazer sua imagem e semelhança. Podemos hoje estar sem nos aceitar por um ou outro motivo, mas algumas mudanças radicais estão muito livres e sem um debate aberto e amplo. Muito dinheiro sendo ganho em nome de felicidade e no fundo tem trago mais expectativas que realidade.  

Pensar numa sociedade de visão simplificada é muito difícil, os olhos estão fixos na luz dos holofotes do ganho em cima de tudo, os ouvidos tapados a realidade falada por pessoas comprometidas com a verdade e as mãos amarradas ao meu querer, aos desejos da carne, a alma presa ao umbigo, onde só o próprio indivíduo importa. Onde vamos parar?  

Vamos parar em crianças perdidas a começar pela sua certidão de nascimento, onde os valores do certo e errado perdeu o sentido e o espelho de sua alma está quebrado e verá apenas sua vontade exposta.

O vazio será enorme, a dor incalculável e o suicídio pode ser a nova epidemia que iremos enfrentar.  

Que Deus tenha misericórdia de nós.

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Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 03/02/2022
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