E foi assim que o amor decidiu morrer

Ele andava cansado. Era um corpo estranho dentro de si.

Havia dias em que a razão ajudava, mas em certos momentos só reinava a vontade de não saber a razão!

Por teimosia, ele só contiuava tentando entender o motivo de não querer mais, de não saber, de não achar justo concordar.

Apesar de todos os questionamentos, ele continuava entendiado, transbordando os sentidos, jogando fora o cuidado!

Era uma luta constante, um medo ingrato!!

Era a crise que o bom senso não tinha o poder de consertar!

E essa nem é a questão maior!

O que importa é que ele continuava cansado!

Cansado por tantos apontamentos, tanta indiferença e mais um pouco de não "posso admitir"! Tá errado, droga!

Ele sangrou, chorou , fez canções e rimas pra não se abater.

Contou uma história bonita pra acalmar, fez um carinho nas emoções e tentou dar um adeus pras dores!

Só que era tudo tão injusto que ele não conseguiu ficar tão vazio!

Por isso , guardou mais meia dúzia de desapontamentos e coisas afins.

Embora a fraqueza insistisse,

ele acabou se espalhando por todos os cantos, em cada suspiro e em todo e qualquer pensamento!

Pensamento inválido, infeliz e necessário sem necessidade!

Ele disse que "sim" e você entendeu que "não"!

E na bagunça toda, muita coisa se perdeu, inclusive o descanso, o luto, o acalento, o abraço apertado!

E a humanidade não conseguia entender!! Não teve tato!

Seria egoísmo ou só falta de empatia?

Acho que era coisa de alma. Precisava ver com outro coração! Coração válido, tá!?

Só que não foi assim! Nem tudo deu certo!

Doeu tanto que ele resolveu se recolher! Já não tinha mais ânimo...

Já não tinha forças!

Era o ponto de decisão...

E foi assim que o amor decidiu morrer! Não há o que argumentar!

A escolha do "outro" não pode ser nossa!

Só que é o seguinte: ele deixou sementes...mas é preciso coragem e discernimento!

Não seja leviano no cultivo!

Mari Gargano
Enviado por Mari Gargano em 04/02/2022
Código do texto: T7444432
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