Fevereiro atípico

 

 

Estamos em fevereiro. Um fevereiro atípico. Sem carnaval. Assim como no ano passado. Tempos de pandemia. A luta contra o inimigo invisível, denominado Covid-19, e suas variantes, que, por incrível que pareça, desta vez, ao contrário dos anos 1970, saíram turbinadas de fábrica. Hahaha..., brincadeiras à parte!

 

Em uma de suas canções, Jorge Ben Jor, que na época era somente Jorge Ben, lá pela referida década acima, dizia: em fevereiro (em fevereiro), tem carnaval (tem carnaval).

 

Tempos bons, em que os carnavais, a meu ver, podíamos assim dizer: de raiz. Era sagrado. Como sabemos, é claro, todo fevereiro tinha o carnaval. Às vezes, caía em março. Mas, o que importava era cair na folia.

 

Eu, por exemplo, conheci a minha esposa em um fevereiro atípico, em 1987, quando o carnaval aconteceu em março. Pode conferir lá no calendário! A memória ainda é típica. Hahaha...

 

Desta vez, nem fevereiro nem março. Não precisaremos, assim como na música, cujo título retalhos de cetim, na voz de Benito de Paula, chorar lá na avenida, nem lamentar por que ela não desfilou pra mim. Ainda que ela tivesse jurado em desfilar, não teria como. E segue a vida, em paz, com a cabrocha tão amada pelo poeta.

 

Eh! Pode ser fevereiro atípico, não tem problema, nem blema como se dizia na gíria. Podem faltar as folias, os retalhos de cetim, as fantasias, os surdos e os tamborins, as plumas e os paetês.

 

O que não pode faltar mesmo é o enredo do amor, do humor e da paz. É o enredo promovendo a igualdade e o respeito entre as pessoas; a justiça social; a gentileza; a empatia etc e tal...

 

E cada qual fazendo a sua parte na prevenção contra o inimigo invisível, denominado covid-19, e suas variantes turbinadas.

 

Yé Gonçalves
Enviado por Yé Gonçalves em 18/02/2022
Reeditado em 19/02/2022
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