DEPOIS DA ENCHENTE

Das Dores acordou contente, pois a chuva parou e amanheceu um belo dia de sol.. Depois de semanas de chuvarada, com a enchente provocada pelo transbordar do rio Veludo, finalmente o tempo mudou, a terra começa a secar e as coisas vão os poucos voltando ao normal.

Luiz tira o dia de folga no trabalho e acompanhado de João, seu filho mais velho, vai até a sua casa, ver os estragos que a enchente provocou. Das Dores permanece com outros dois filhos na casa da irmã, que gentilmente ofereceu um colchão de casal e um de solteiro, onde acomodou-se a familia de cinco pessoas durante todo o período da enxurrada das chuvas.

Com dificuldade Luiz empurra o portãozinho, com.a madeira empodrecida pela força da água. O estado de tudo é desolador e alegria só mesmo a de " molhado" o cãozinho que late e salta para o colo de João, que afaga com carinho o sobrevivente.

Luis observa que há muito trabalho pela frente, que há muito a ser limpo , a ser feito. Mas nada que um arregaçar de mangas não resolva. Percebe que os móveis foram

praticamente destruídos e terão que ser substituídos. Como os recursos são poucos para a compra de novos, dependerá da aquisição de usados ou de doações .

Após ver toda essa situação, Luiz retorna para buscar a família . João o segue alegre levando "molhado" a tiracolo. Vão felizes pois vêem ali mais do que uma casa que a a água não levou e sim um lar. O seu lar.