"Raio não derruba avião"

Já aposentado, no intuito de concretizar o sonho de conhecer todas as regiões do país, via aérea, os aeroportos do Rio, São Paulo e Brasília foram os principais troncos de conexões para o Sul, Centro-Oeste e Norte. Muitas vezes, no início da noite, aproximando-se do aeroporto de Guarulhos, avistava da janela o riscar de relâmpagos intermitentes, sem o ronco dos trovões, em razão do ambiente fechado do avião. E, se o medo não me abatia, era por já ter ouvido de expert em aviação, a afirmação de que "raio não derruba avião."

Entretanto, sendo eu nordestino, do sertão do São Francisco, ali via relâmpagos e trovões, cujos raios chegavam a derrubar árvores frondosas, a exemplo do cajueiro.

Mas, a explicação científica é que o avião não está em terra, razão por que não tem o risco da descarga elétrica.

Assim, aquele matuto já se sentia tão confiante que, àquela altura, continuava ouvindo sua música, até que, pela maior aproximação do pouso, o som era desligado.