Às vezes a vida cala fundo. São momentos difíceis de serem explicados. Mas, de repente, me vem aquela profundidade da existência,  do "estar aqui", do "sentir" e do pleno entendimento disso tudo. Sempre acreditei que nada nesse mundo é por acaso.  Não sei se chamaria isso de misticismo ou fatalismo. Na verdade, fatalismo é quando tomamos de forma passiva as situações,  acreditando que não podemos modificá-las. Então baseada nisso, acho que sou mesmo mística.

Acredito no sorriso, no abraço, nas simples coisas como  acordar e ver meu vizinho abrindo a porta de seu carro, o sol nascendo, ou o caminhão do correio entregando uma encomenda. Tanta coisa...chama-se vida. E ela passa tão depressa, como num piscar de olhos!   


Inverno, Primavera, Verão, Outono, Inverno...ciclo rápido,  que temos que viver com toda a intensidade. Porque tudo é breve.  Só não é breve aquilo que perpetuamos dentro de nós. Como aqueles momentos "Kodak" que nunca esquecemos e que ficam como porta-retratos imaginários nas paredes da alma,  ou dormem na nossa lembrança em gestos eternizados.  
Sinto-me sempre sem tempo para o atraso lento daqueles tão conhecidos dias difíceis que por vezes enfrentamos. Mas o  que quero  mesmo é saborear com vontade todos os meus momentos de felicidade. 

 

Tema: Sem tempo para o atraso

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 08/03/2022
Reeditado em 08/03/2022
Código do texto: T7468161
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