Guerra e Paz
Há cerca de 40 anos, ouvi do jornalista Newton Carlos, que atuou na TV Rio, TV Tupi e TV Bandeirantes, a seguinte frase: "A União Soviética e os Estados Unidos têm um potencial bélico capaz de destruir o mundo, dez vezes." Comentartista respeitado, à época considerado o melhor da América Latina, a maneira como enfatizava suas afirmações deixava-nos atentos aos acontecimentos mundiais. Hoje, uma dessas potências ataca um país com menor poderio bélico e o mundo inteiro fica a questionar suas razões.
De longe, vemos e ouvimos mais críticas ao agressor do que ao atacado. E alguém chega a lembrar o ditado: "na porta de um doido, só um doido e meio." Mas o que fará o doido em meio sem armas, se o doido está armado até os dentes?
E vem o questionamento a outros países de semelhante poder bélico. "Se fosse ali um outro governante, também considerado doido, aquele lá nem se atreveria a atacar o mais fraco". Imagiina-se que haveria retaliação. Assim, poderia haver o risco de uma guerra mundial.
O ser humano, desde a história de Caim e Abel, lá no livro do Gênises, já tinha aquele lado mau: "se eu não tenho inimigo, eu mesmo o crio."
Não seria esse o mesmo motivo que estaria ocorrendo hoje com aquela guerra?
Com a palavra os entendidos nas questões diplomáticas de países que "em apertando o botão, são capazes de destruir o mundo, dez vezes", como já dizia Nweton Carlos.