Guerra e Paz

Há cerca de 40 anos, ouvi do jornalista Newton Carlos, que atuou na TV Rio, TV Tupi e TV Bandeirantes, a seguinte frase: "A União Soviética e os Estados Unidos têm um potencial bélico capaz de destruir o mundo, dez vezes." Comentartista respeitado, à época considerado o melhor da América Latina, a maneira como enfatizava suas afirmações deixava-nos atentos aos acontecimentos mundiais. Hoje, uma dessas potências ataca um país com menor poderio bélico e o mundo inteiro fica a questionar suas razões.

De longe, vemos e ouvimos mais críticas ao agressor do que ao atacado. E alguém chega a lembrar o ditado: "na porta de um doido, só um doido e meio." Mas o que fará o doido em meio sem armas, se o doido está armado até os dentes?

E vem o questionamento a outros países de semelhante poder bélico. "Se fosse ali um outro governante, também considerado doido, aquele lá nem se atreveria a atacar o mais fraco". Imagiina-se que haveria retaliação. Assim, poderia haver o risco de uma guerra mundial.

O ser humano, desde a história de Caim e Abel, lá no livro do Gênises, já tinha aquele lado mau: "se eu não tenho inimigo, eu mesmo o crio."

Não seria esse o mesmo motivo que estaria ocorrendo hoje com aquela guerra?

Com a palavra os entendidos nas questões diplomáticas de países que "em apertando o botão, são capazes de destruir o mundo, dez vezes", como já dizia Nweton Carlos.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 14/03/2022
Reeditado em 14/03/2022
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