VOCÊ JÁ SE SENTIU INVISÍVEL?...
Muitas vezes, na minha vida, já me senti invisível. E você?
Que sensação estranha é esta, meu Deus! Estar presente, junto e não saber de coisas que acontecem perto de nós. Às vezes eu penso que é normal. Nem tudo a gente quer partilhar, seja com os pais, seja com o esposo, seja com os filhos, irmãos e ou amigos. Já aconteceu comigo de não falar com as pessoas próximas, que eu tanto amava, o que estava acontecendo comigo, com nossa família e dos problemas que estávamos enfrentando. Hoje me arrependo, profundamente.
Eu reconheço que é uma situação bem difícil. Muitas vezes é por amor que fazemos, para não causar preocupação ou sofrimento. Mas gente, o nosso corpo fala, o nosso jeito fala, as nossas atitudes falam, o nosso olhar fala... Talvez falando normalmente, com calma, muitos problemas seriam menores, muitos traumas seriam evitados. O encontro com o outro, aconteceria na humildade, com olho no olho, com simplicidade e amor.
O nosso sentimento em relação a estas pessoas silenciosas, que não nos enxergam como companheiras, como amigas, é de falta de confiança e falta de cumplicidade, por isso dói tanto.
A explicação que eu tenho é que, o coração da gente é ainda muito duro, é egoísta, é vaidoso. O nosso ego inflado, não nos deixa pedir perdão, não nos deixa sermos humildes e aí, escolhemos ficar cabisbaixo, evitando o encontro, evitando o olhar, sofrendo sozinho, separado de toda família.
Não reconhecemos, que muitos problemas são causados por nós mesmos e sempre achamos um outro culpado. É mais fácil sermos as vítimas, do que reconhecer nossos erros e tentar mudar nosso comportamento, acreditando mais nas pessoas.
Cada um de nós tem uma cruz para carregar e Deus que nos conhece profundamente, nos dá aquela que Ele sabe que será mais fácil para nós. Vou contar uma história: Um homem chamado Josias reclamou com Deus que a sua Cruz estava pesada por demais, que gostaria de trocá-la. Então ele pediu a Deus se poderia escolher outra para carregar. E Deus o escutou. E lá foi ele, em busca de sua cruz bem suave, bem leve. Depois de analisar todas as cruzes disponíveis e carregá-las uma por uma, ele enfim encontrou a que ele queria, sua cruz de isopor. E disse ao Senhor: - Achei! É essa aqui! E o Senhor respondeu: Josias, esta cruz é a sua que você me devolveu! E agora Josias?
Pois é, isso acontece, porque nunca estamos satisfeitos com a nossa vida. Sempre a vida dos outros é melhor... Aceitemos com gratidão a Deus, a vida que Ele nos deu: nossos pais, nossa família de origem, nossa família constituída, nossos filhos, nosso trabalho, nossa imagem e aprendamos a descobrir nossos dons, para usá-los, buscando, sempre, o crescimento pessoal, familiar e social.
Concluindo esta história: Vamos nesta Quaresma, que é um tempo anual, que Deus nos oferece, de reflexão sobre a nossa vida, para nos ajudar a nos preparar para a Páscoa que está chegando. Não podemos ficar na Cruz, ela é real, mas é passagem, para uma Vida Nova!
Páscoa é vida de novos pensamentos, novas ações, novos relacionamentos, novas orações, novos caminhos com mais fé, esperança e amor! Paz e Bem!
Em, 23 de março de 2022
Terezinha Domingues