Sou contra a violência, tá Will Smith?

Era noite de Oscar e na noite de Oscar não é de bom tom se alterar, sair distribuindo tapas, isso é um péssimo exemplo para o mundo inteiro, afinal o mundo inteiro estaria assistindo. Violência gera violência, não é verdade?

Mas o que é violência afinal? Seria somente a agressão física? Querem me convecer então que fazer piada com a doença alheia pode? Isso não seria um tipo de violência também?

Desde quando alopécia tem graça? Os cabelos de uma mulher podem significar muito e ao perdê-los involuntariamente ninguém fica radiante de felicidade. Estar em um evento grande como aquele não deve ser passaporte para a falta de limites, ou para a falta de compaixão. Não teve graça. Graça nenhuma. E o Will até sorriu em um primeiro instante, mas depois se deu conta do constrangimento da esposa, se deu conta de que também ficara constrangido e devolveu a violência praticada contra ela, se foi proporcional ou não, o que não falta é gente para opinar.

Violência nenhuma é legal! Mas superdimensionar a cometida pelo ganhador do Oscar enquanto se sugere que o que Chris Rock fez não é um tipo de violência é no mínimo uma hipocrisia gigante.

Então as pessoas vêm criticar Will Smith por sua escolha de manter com a esposa um relacionamento aberto, relacionamento este que já dura 23 anos. Ah! Façam-me o favor! Se funciona para eles, ninguém tem nada que meter o bedelho nisso. Mais respeito com a intimidade alheia, ora bolas! Eles que façam de suas vidas o que bem entenderem. O fato aqui é que ele perdeu a cabeça com a falta de empatia do colega de profissão. Perdeu porque ninguém é de ferro e mulher nenhuma merece ser motivo de piada. Ele nos fez o favor de mostrar isso ao mundo, tomara que aprendam!

Homens, por favor, entendam de uma vez por todas, nós só queremos um pouco de paz!