Quando vês as nuvens, sabes que vai chover

O sol, nossa estrela, tem 4,6 bilhões de anos e isso tudo é só a metade de sua vida útil. A Terra, tem quase que a mesma idade: aproximadamente 4,5 bilhões de anos.

Pensando racionalmente, o aumento da temperatura média da Terra nos últimos cem anos, período ínfimo comparado ao da existência desses astros, não deve ser um efeito natural do aumento da massa de um e do consequente estreitamento da distância entre eles. Essas mudanças ocorrem num tempo infinitamente maior do que aquele necessário para que a ação humana interfira no equilíbrio climático.

Estudos realizados, apontam um acréscimo de 1,09 graus centígrados de 1900 para cá e há, baseada nesse estudo, uma probabilidade de 20% de que esse aumento exceda 1,5 graus centígrados já a partir de 2024.

Em estatística isso tem o nome de análise de tendência. Quando cinco medidas consecutivas apresentam valores crescentes ou decrescentes em relação a média, a próxima saltará para fora dos limites de controle. Esse processo é naturalmente irreversível e matematicamente comprovado.

Mas, e aí? O que se pode fazer?

Três coisas em primeira instância: desenvolver e implementar novas fontes de energia (sustentáveis e não poluentes), conter em grande escala o desmatamento e reflorestar progressivamente.

A primeira demanda pesquisa e tempo. Tempo que já não temos. Mas, a segunda e a terceira só dependem de boa vontade e da compreensão de que são ações imediatamente necessárias para mitigar os impactos, na tentativa de se ganhar um tempo até que a primeira seja viável.

Erramos o caminho para a nossa evolução. É preciso aceitar, reconhecer o erro, retroceder um passo e corrigir. Quaisquer outras medidas serão paliativas, ou, meros enfeites. Serão como se ocupar em pintar o mastro enquanto o navio afunda.