ALGUNS APRENDEM CEDO

Uma crônica, normalmente, leva algumas horas para ser escrita. Demanda concentração, alinhamento de ideias, criatividade, conhecimento, talento e uma série de outros pequenos detalhes de muito valor e expressividade. Não brota subitamente, é talhada, lapidada, exige do seu autor fluxos constante de reflexão sobre a matéria a ser destacada, pausas com o fito de ordenar os pensamentos etc .

Concordo, por óbvio, que alguns cronistas têm a extraordinária capacidade cognitiva e literária de escrever crônicas num quase piscar d'olhos, assim num vap vupt, à guisa de manteiga rapidamente derretendo no calor. Esses, no entanto, são os ungidos da área, podemos dizer dessa forma empírica, e aprendem desde cedo a desenvolver o talento nato além de ler bastante visando expandir seu vocabulário e solidificar a natureza do dom com o qual nasceu.

Mas nem todos gostam desse gênero literário, preferem ler mini textos, frases produzidas numa linha, mensagens que revelem o muito no compacto.

Respeito quem envereda por esse caminho, e provavelmente tenham seus motivos, não me cabe analisar gostos particulares. Porém, permitam-me imaginar que talvez tais leitores, porque ainda não se aventuraram pelas maravilhosas planícies dos bons e enlevantes textos longos ou de médio tamanho, tenham conceitos preconcebidos a respeito. Seria de bom alvitre, ouso sugerir, que leiam crônicas de vez em quando, deitem outros olhares no tocante a esse estilo. Podem terminar gostando e admirando.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 01/05/2022
Reeditado em 01/05/2022
Código do texto: T7506876
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