Um dia nasci.Prematuro..quase morri.
Cresci como uma criança normal ,livre entre os mangueirais.
Fiz algumas peraltices..a maior ...escondi ..de uma visita a meus pais ,o chapéu do chefe político local.Fui
para a purgatório..
A mocidade.... na verdade me lembro pouco.Passei em cima dos livros.Meus pais não eram ricos . Precisava ser alguém. para contribuir com o orçamento doméstico.
Algumas valsas de saudade .... guardo recordações belas....de poucos bailes em que fui.
Mas o tal de carnaval!!! !Que pulação era aquela ?(não entendia).
Por que? Para que aquela embriagues de lança perfume ?Algum ritual satânico?)
Alguns movimentos serpenteados nada cadenciados Alcool me inebriava e o suor rolava.
Não gostava.
Aos 23 anos me tornei farmacêutico .Adorava a transformação da matéria.
A exerci pouco como analista clínico ..
O destino me reservava a outra face da vida ..o sofrimento humano em toda sua plenitude ...
Me graduava em medicina aos 28 anos,e a exerço até hoje com muito carinho.
Com trinta anos me uni a Valéria também médica .Fizemos um pacto
sanguíneo de reciprocidade ampla .Tivemos quatro filhos.Todos totalmente diferentes entre si.
Uns optaram pelo amor aos desesperados;outros para a cegueira da justiça.
Vivemos com harmonia ,dentro das minhas limitações .
Tenho medo de mato..(já fui picado por uma cobra ) que quase me leva..
No dia da árvore plantei uma...........plantei em nome dela e da tal biodiversidade.
Diz o adágio:Nascerás...crescerás..casarás...terás um filho e plantarás uma árvore .
Cumpri o cronograma.
Mas peço a Deus que antes de partir para a eternidade ,não apague meu corpo antes do ultimo olhar na escada da vida que passei.
Já percebo os êrros cometidos, os meus acêrtos
O vento da saudade
Os caminhos mais desertos.
O infinito mais perto
O sol esmaecente.O entardecer no poente.
Na vida procurei a liberdade
Sofrimentos e alegria com sinceridade
Como seria bom se existisse a eternidade..
Mas peço a Ti que permita me iluminar
E ver esta escada da minha vida.
Dói.... mas..
Percebo o quanto é triste a partida
Rubens
a M.Loure