UM MAR DE SORRISOS

Uma das muitas alegrias da vida, e graças a Deus são tantas, emerge das boas surpresas que nos surpreende. Aquele sorriso abençoado e inesperado conduzindo promessas indizíveis, as cartas escritas a mão de outrora que nos faziam sair correndo porta afora com o coração a mil quando o carteiro anunciava sua chegada, uma resposta bendita há muito aguardada surgindo de súbito, os primeiros passinhos dos filhos, o nascimento dos netos, o emprego dando as boas vindas no momento em que a esperança de ser concretizado já esmorecia...ah, "são tantas coisinhas miúdas!"

Às vezes, é quase possível escutar o doce e sereno som da alegria nesses instantes especiais, como se o murmúrio da brisa, o farfalhar das folhas, o exalar do perfume dos jardins e o fru fru dos beija-flores se materializassem e se fizessem audíveis. Claro, pelo menos para os poetas, os felizes e os enamorados, que possuem esse dom encantado de sentir o sussurrar silencioso e simples do invisível e sua ponderabilidade. Como se pudesse tocar a sua magnitude. É que, podemos devanear quanto a isso, há um indefinível espaçozinho de pureza empírica, decerto bem lá no mais íntimo de seu íntimo, eu diria na alma deles, e isso parece-nos perceptível em seus olhares extasiados, em seus gestos tão próprios, provavelmente num dom sobre o qual nunca teremos um conceito real. Porque a simplicidade não se explica. É usufruída

A existência humana carece de semear as serenas sementes da fantasia, não com o fito de viajar na utopia ou do Mir na maionese, mas de sonhar sorrindo, aplaudindo o viver, e jamais cair no abismo mortal da distopia. Nesta somente os enfermos mentais pensam e por ela anseiam. Pois alguns, saturados do amor e da caridade nunca experimentadas, preferem plantar a maldade e suas vis consequências. Têm orgasmo em praticar a orgia do horror, mergulham e atolam-se no mal e agonizam de prazer quando carregam consigo os inocentes e os incautos.

Eu tenho um oceano de risos e sorrisos para dividir com os meus semelhantes, não possuo apenas um mero sonho - é pouco demais! -, nado de braçada em tantos!

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/05/2022
Código do texto: T7511294
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