A SEXUALIDADE DOS ADOLESCENTES

Uma nova onda tem invadido a vida da nossa juventude. Brincávamos muito na rua na minha época, então não tínhamos muito tempo para ficar de mente vazia pensando na vida de adulto. Isso facilitava a gente não queimar etapas e deixávamos bem em relacionamentos interpessoais. O maior conflito que tínhamos era quando o dono da bola ia embora por raiva e nos deixava sem brinquedo. Mas não demorava muito surgia uma mente brilhante e lá íamos nós para outra brincadeira. E olha que o dono da bola voltava porque não dava certo a estratégia por muito tempo.

HOJE uma nova onda vem de uma convivência muito cedo com os assuntos adultos e principalmente os da sexualidade. Cada dia mais cedo os jovens têm seu encontro com a sexualidade e cada dia mais sem entendimento de si mesmos. Por que não querem ser diferentes da turma, porque precisa enfrentar os pais mostrando seu modo de crescer. Mas isso tem gerado uns jovens estranhos.

São ruins de papo, difíceis de convivência e muita experiência sexual sem prazer e amor. Depois que se machucaram bastante querem que o outro o aceite como são, mas nem sabem quem são, não respeitam os mais velhos e suas culturas. A plástica se tornou papo de adolescente, digo porquê tenho um em casa. E fala nisso com uma naturalidade. Como se o corpo fosse uma massinha de moldar. Não estão satisfeitos com a aparência, não aceitam como são e acham que o médico resolve tudo. Se mutilam, se agridem, sem ao menos esperar as coisas se ajustarem com o tempo.

A última é a mudança de gênero. Eu ainda não consigo entender todas essas novas formas de relacionar, porque nenhuma delas trouxe de verdade equilíbrio. E os jovens as adotam como regra de vida. Insatisfeito mudo de sexo. Nem sabem a responsabilidade que é se enfiar nos remédios e passar a vida dependente deles e dos hormônios.

Acham que só vestir uma roupa diferente, colocar um silicone e lá vai, quando cansa sai e muda de novo. Isso gera expectativas falsas de uma realidade tão pesada. Porque quem está nas redes sociais e TV não conta a verdade sobre os fatos. Conta o lado que lhe apraz. E vai gerando falsas expectativas e cada dia cresce o número de adeptos com depressão e desespero de alma.

Estou falando de modismo, entenda isso. Meninos com todo formato masculino, se veste de meninas e não tem noção do que seja isso. Se mutilam, e assim as meninas também. Mas não querem a responsabilidade do fato. Não querem dar tempo aos pais de entendimento. Querem respeito sem respeitar.

Para mim o mais difícil de entender é a mulher que deseja se transformar em homem, vai e o faz. Depois entra no ápice da feminilidade que é dar a luz. Então não desejava ser homem. Não examinou de verdade de si mesma, nem assumiu a forma masculina de ser. Estamos convivendo com o ser que não quer ser reconhecido como é. Ele quer o que não tem, mas escolhe a aparência ao invés de ser.

Ser quem você é vai além dessa troca de gênero, vai muito além de se vestir e de se relacionar sexualmente. E com isso a comunicação, a convivência e os relacionamentos continuam frustrados e sem a solução que parecia ter.

Jovens na prostituição muito cedo, frustrados com a realidade fora da hora. E não brincam mais, não namoram mais. Querem cama como meio de conhecimento e depois decidem o que fazer. Eles têm mais parceiros sexuais do que escolaridade, tem mais decepções amorosas que conseguem contar.

Vivem a solidão no meio da multidão e acham que tudo é preconceito e fobia, esquecendo que precisamos ser responsáveis pelas nossas escolhas. Que a família não é obrigada a aceitar tudo como natural. E que viver uma escolha de exageros vai levar a respostas exageradas dos outros.

A liberdade hoje é muito melhor que a prisão e ontem, porém a responsabilidade também precisa ser enxergada como necessidade. O mundo virtual vai te incentivar, mas não estará com você no convívio diário. Então melhor é aproveita a idade e ir brincar depois pensar onde quero estar.

Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 11/05/2022
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