A DOR DE QUEM SUICIDOU
Aquele sentimento que a vida perdeu a cor, o mundo sem sentido e tudo ficousem a graça. Não passa com o tempo nem ameniza com conquistas. A vontade de ficar quieto onde ninguém me encontre é maior que os amigos ganhos.
Olhar o filho é pesado, fazer os deveres do cotidiano um fardo. E todos me chamam de preguiça.
Mas se chama início de uma depressão. Melhor não falar essa palavra porque ela é apenas desculpa esfarrapada.
Não pense assim de mim, minha luta é na alma para que se acorde e saia a vida. Mas o corpo não responde.
Quem amei nem sei mais o que sinto, mas sei que posso sair. Mas as forças me faltam que sejam pela luta aqui para proseguir.
Não me olhe como estranho, apenas segure a minha mão e me ajude a não ficar nesse chão.
Seja doce ao falar, menos duro ao me olhar. Seja minha força, meu auxílio e meu amigo.
[A dor me contada em apenas segundos de conversa, antes de suicidar)