"O VAZIO ENTRE O CORPO E A ALMA" Crônica de: Flávio Cavalcante

O VAZIO ENTRE O CORPO E A ALMA

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Por mais que tentássemos preencher esse vazio que liga o corpo e a alma, jamais vamos chegar a um denominador comum se a mente não estiver preenchida.

Como diz o ditado popular, "A CABEÇA QUE NÃO PENSA O CORPO PADECE. É o que acontece nos tempos atuais com a nossa juventude, que vive mergulhada nas redes sociais com jogos opressores e milhões de amizades sem ter uma sequer do lado para conversar.

Já foi comprovado por estudiosos que vivemos sobre uma corda bamba e o equilíbrio é de extrema importância se quisermos permanecer equilibrado. O ponto primordial para o sucesso desse jogo é a nossa mente que não devemos deixá-la vazia.

Os dentes da corrente têm que trabalhar em harmonia, sintonizados e sincronizados um ao outro. Se quebrar um dente no meio do percurso, tudo perde o equilíbrio e o desmoronamento é certo.

A mente precisa estar preenchida para haver um equilíbrio no copo; no contrário, a falta desse combustível pode acarretar uma autodestruição e a mente começa uma verdadeira tortura de cobranças e consequentemente um tsunami de informações vis. Pensamentos conturbados pela ociosidade; um problema social da atualidade, que produz uma solidão, no meio virtual, com o mundo praticamente na palma da mão.

Com este vazio entre o corpo e a alma surgiram algumas enfermidades que nos tempos de outrora eram praticamente extintas. As crises de ansiedade, As depressões, Os pânico entre outras viraram febres no mundo atual.

Alguns pesquisadores acreditam que a facilidade da modernidade, principalmente no requisito digital, tem contribuído bastante para o desenvolvimento dessas mazelas. O não ter muito o que fazer e nem tampouco a oportunidade de pensar, faz dessa geração uns zumbis perambulando pela terra.

Em uma entrevista com um jovem da atualidade ele confessou que não consegue se desligar do celular. Muitas vezes esquece de fazer as necessidades básicas da vida. Também tem a consciência que a vida passa diante dos seus olhos imperceptivelmente e muitas vezes o vazio toma conta da sua alma de maneira crônica e dolorosa.

Em tempos de outrora, não tínhamos esse avanço tecnológico. Até os nossos brinquedos tínhamos que ser criativos para construí-los, as brincadeiras eram corpo a corpo, os contatos com os amiguinhos eram diretos, as desavenças eram resolvidas ali mesmo, não existia o problema crônico da atualidade chamado bullyng, preconceito racial era uma brincadeira entre amigos e todos nós tínhamos apelidos. Não recebíamos mesada exorbitantes; pois, éramos crianças e os nossos gastos se resumiam em comprar doces, pipocas e revistas de colecionar figurinhas. A nossa alma era preenchida de muita alegria e o vazio em todos os sentidos era inexistente.

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 05/06/2022
Código do texto: T7531189
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