INCOERÊNCIA MATA

 

 

Maria de Fatima Delfina de Moraes

 

 

Eu me pergunto o que mais poderá ser tirado da população brasileira?

Porque afinal, deveríamos manter um Plano de Saúde?

Com as dificuldades em manter planos de saúde para a família, em especial crianças e idosos,  proliferaram pela cidade as clínicas de atendimento imediato.

Na zona norte do estado e locais de periferia é o que mais se vê.

E eu pergunto: - Quem fiscaliza?

 

O tratamento é baseado na queixa do paciente, mas com a facilidade de se permitir também que eles realizem diversos exames médicos, muitas vezes são solicitados exames que nem implicam no diagnóstico do paciente, pois se tornou uma fonte de renda para essas clínicas.

 

Eu mesma fui vítima de uma dessas clínicas e se não tivesse alterado meu tratamento médico por minha própria conta e risco, talvez hoje estivesse em uma cadeira de rodas.

 

Com os Planos de Saúde também não ocorre nada tão diferente. Alguns exames sérios como ressonância e tomografia que só deveriam ser solicitados em casos de necessidade de um diagnóstico mais profundo proliferaram de tal forma, que alguns planos já estão marcando pacientes com até vinte a trinta dias para realizar o tal exame.

 

As dificuldades para atendimento em exames, consultas e procedimentos cirúrgicos através do SUS, têm levado a população a buscar socorro fora do sistema o que não fica nada barato.

O desconhecimento de direitos do paciente sobre doenças específicas, também os levam a recorrer a médicos e clínicas particulares.

 

Nos planos de saúde ainda encontramos os pedidos de reembolso que levam prazos longos para serem pagos.

Eu pergunto o que acontecerá com as pessoas pobres que não tem como tratar o filho autista, esquizofrênico e com outras doenças graves para as quais o atendimento básico em saúde não tem condições de oferecer tratamento com acompanhamentos adequados?

 

Vamos rogar a Deus que alguém de bom senso reverta essa situação, pois é o que nos resta.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 09/06/2022
Código do texto: T7533940
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