O FUNDO DO POÇO; GOVERNOS. SÁTIROS, FAUNOS.

Os sátiros eram figuras mitológicas de corpo híbrido, metade homem, metade bode

Sátiros e faunos, incorporavam personagens míticos. E tanto se fala hoje em mito...

É inquestionável que nesse espaço mitológico podemos descobrir figuras lineares ou avessas às condutas curriculares e encontrar surpresas com muitas figuras. Estarrecedor onde chegamos. Mas o proselitismo se estabelece; tribos se formam em torno de sátiros e faunos.

Afinal sátiros e faunos estão no imaginário e por isso vivem de e na imaginação dos que raciocinam contra as evidências. São uma coisa só.

Sátiros da mitologia grega estão infestando o chão de gentes desaparelhadas, metade humano a outra metade em forma de bode.

Estes seres são equivalentes aos faunos da mitologia romana.

Sileno era o pai dos sátiros, suas representações sinalizavam sua figura visivelmente bêbada, sustentada e amparada pelos sátiros ou então sendo carregado por burros. Um quadro bem nosso nesse cenário eletivo.

É isso que estamos vivendo, um mundo mitológico? Parece...

O mundo inteiro se posiciona e posicionou-se contra um novo mal, virótico. Já deixou de ser enigmático, embora ainda desconhecido amplamente. Com celeridade avançou-se para processo de feitura vacinal com vírus ativado, quando até então somente inativado servia de padrão. Vieram as proposições onde o raciocínio deixou de lado a ciência. Poderia ocorrer a transformação de humano em réptil; mítico...visões...

Diante dos fatos não é extraordinário anuir.

Qual o pior mal, o vírus ou gestões que são mais viróticas que qualquer mal patológico?

Os desenhos diante das opções são nulos. Viróticos são o antes que o cárcere contornado hereticamente demonstra, com conteúdo incontornável, e a insânia da reiteração do que pode permanecer. Qual a opção? Nenhuma. Administrar o inevitável.

Quando os tribunais por piores sejam, são tentados ignorar em suas decisões por governos, e se diz com todas as letras que não se cumprem decisões judiciais, destaque-se “isso é de outra época”, incorporado um insciente em leis em “jurista” de nonadas, como guardião constitucional, e nada conhece de direito, mero proveito próprio, afirmando que crime é liberdade de expressão;

quando a rainha das provas no juízo natural deixa incontestável pelos maiores próceres de governos os ilícitos cometidos em sistema;

quando fortunas, milhões são devolvidos por quem os usurpou, tudo confessado por gestor financeiro do ápice da pirâmide de gestão, e quem comandou sobrevive politicamente depois de apurado o sistema de desvio;

quando todas os projetos de lei que visam inibir a corrupção são barrados por pessoalismos e a punição de criminosos fica vencida em tribunais, o que esperar?

A polarização do mal não se divide em mal maior ou menor; o mal é um só, gênero que não comporta espécies.

Em filosofia simples inexiste o menos pior, o pior é pior em qualquer intensidade, muito menos em pleito a eleger gestores desponta voto útil por não haver possibilidade de escolha de quem nos representa, o inútil eticamente sempre será inútil não importando seu grau de culpa já verificado.

Seria por todos serem burros no jargão do dramaturgo e brilhante Nelson Rodrigues que estamos nessa situação?

Quando falta educação mesmo para os que teriam alguma informação, ainda que pretensamente mais alargada, falta tudo.

Nelson era um sátiro na sua arte, ele sim um mito sob lupa positiva. Projetava sátiros.

Ou somos nós que abraçamos a unanimidade, ignaros?

Não me incluo em unanimidades adjetivadas por Nelson Rodrigues. A lógica aristotélica não admitia contestar a evidência, cenáculo da certeza. Estou nesse estágio desde jovem.

Difícil a caminhada onde se vê a estrada mas não seu final, que traz a insegurança que temos diante de nós. Como em um conto não se percebe o desfecho. Não gosto disso quando de mim se acerca. Gosto de ter que seja pouco uma certa visibilidade, habituado a lidar com o que de mais profundo existe no direito, “de lege ferenda”, que pratiquei algumas vezes. Sátiros, faunos, não estão em nosso mundo, uns vivem um mundo onde é possível o ilícito cometido dito existir por vários juízes, galgarem a não punição final, e ganhar prestígio e legitimidade para continuar no futuro político, outros dizem que tais tribunais são como inexistentes, suas sentenças não se cumprem, e apoiam que contra seus membros se insurjam e ameaçam até integridade física dos mesmos, levando caixões em suas portas, bem como violentando instituições regulares, sem as quais a sociedade é caricatura de organicidade.

A ver o desfecho dessa situação VIRÓTICA, não imaginária, que contamina muitos submissos por disfunções severas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/06/2022
Reeditado em 10/06/2022
Código do texto: T7534210
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