UM ESTRANHO MUNDO A SER DESCOBERTO

Quando o ser humano nasce, abre os olhos para um mundo absolutamente desconhecido para ele. Diferente da maioria dos animais irracionais, que usam o instinto para se adequar imediatamente à vida que a eles se apresenta, o recém nascido humano necessita diariamente, e durante muitos anos, da orientação dos pais, familiares e professores, através dos quais vai aprendendo a agir conforme os ditames da sociedade e evitar o cometimento de erros e falhas ao longo do aprendizado.

Muitas vezes escuto de alguns pais ou responsáveis por crianças pequenas que seus filhos são "danados", traquinas, não param um instante quietos enquanto não dormem e que, caso ninguém fique atento a eles o tempo inteiro, são capazes de se queimar no fogão aceso, com a panela fervendo, na chama das velas etc, e que a qualquer momento podem colocar o dedo na tomada e serem eletrocutados. Na verdade, essas crianças não são "danadas" ou coisa que o valha.

É importante entendermos que no ventre das mães elas viviam num universo escuro, pouco espaçoso, sem nenhum barulho externo e extremamente limitado. Não à toa as mulheres, depois do parto, dizem "eu dei à luz um menino", realçando na frase a diferença de luz existente entre o ventre escuro e a claridade do novo universo aonde o bebê chegou.

Destarte, cada som, cada movimento, cada ruído, o voo das aves, a voz dos animais etc e etc, tudo enfim que se apresenta aos olhos do novo membro da família é uma novidade a ser explorada por seus olhos, suas mãos, seu nariz, sua boca e assim por diante. Isto é, os cinco sentidos dele têm extrema necessidade de serem satisfeitos em sua ânsia por descobertas curiosas e interessantes na sua ótica. Ele enxerga tudo como uma curiosidade a ser investigada. Ele quer saber, aprender, descobrir, vivenciar, participar, fazer parte. Ele deseja tudo.

Por essa razão, não se afigura estranho nem impertinente, nem tampouco jeito de quem é "danado" e não para quieto um só instante, por exemplo, os pequenos se ferirem, engolirem objetos de pequeno porte, queimarem os dedos nas chamas, derramarem vasilhas quentes sobre si, entre outras tantas "traquinagens" de que temos conhecimento. Daí ser evidente a prudência de quem por eles é responsável, cabendo ao adulto explicar o que não deve nem pode ser feito pela criançada e ter o máximo de atenção por toda a infância dos filhos. Que são os novos habitantes de um mundo totalmente desconhecido para eles, razão por que precisam de orientação, educação e cuidados.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 10/06/2022
Reeditado em 10/06/2022
Código do texto: T7534914
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