As facetas do amor verdadeiro

Quando se ama de verdade é para a vida terrena toda e além. A felicidade é constante e a vida passa a ter sentido. A felicidade não é apenas em um instante, mas, sim, em todos os momentos. O tempo não passa e o amado vive entre dois mundos: o da fantasia que incendeia a ilusão ou da realidade, que o faz mergulhar de cabeça na paixão.

Amar é renunciar, é se doar, ser verdadeiro, não julgar, não esperar nada em troca. O amor exige cumplicidade, lealdade, unidade; é coisa de alma e coração. Amar é magia, arte, encanto, fantasia, energia, divino, aconchego. É tão difícil encontrar uma definição para o amor, porque é tão simples e infinito esse sentimento que nos golpeia sem, ao menos, esperar. O amor está sempre nos surpreendendo.

O mesmo amor que me traz a paz, depois me tira. Me traz a alegria e, depois, me deixa na tristeza. Me faz companhia e, depois, me deixa a solidão. Me faz sentir realizado e, depois, me deixa órfão. Me traz o sonho e, depois, se revela como pesadelo. São as facetas do amor, talvez duas faces, dois lados, duas metades que buscam se encontrar, se juntar e seus mistérios nos envolvem e deixam uma grande confusão. São particularidades e singularidades que fazem parte do amor.

Um amor de verdade não finge, não mente, não ilude, é sentido na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Esse amor não tem medida, preconceito, não maltrata, cuida, se entrega, divide a dor, é sensível, doce, sublime, é algo sem explicação.

“Quando chora, choro contigo meu amor. Suas lágrimas são a causa do meu sofrimento. Sofro por lhe ver sofrer e, se preciso for, morro para lhe dar a vida. O que não faria por um sorriso seu meu amor? Ah se soubesse o quão grande é o meu amor e quão belo é esse amor, não me deixaria nunca tão só e com tanta dor”. Edimilson Eufrásio

Quando o amor toca fundo em nossa na alma, vivemos como nunca e a felicidade não dá brecha à maldade. A saudade caminha lado a lado com o desejo, inclusive de companhia, e sente falta da amada. É um sentimento tão forte que nos deixa refém e, ao mesmo tempo libertos, com a alma querendo voar sem destino e sem pressa de voltar. É uma sensação de liberdade e a alma se alimenta dessa energia que contagia.

O poeta, em sua singularidade, ama simplesmente e deixa o amor fluir nas veias que vão ao encontro do seu coração. E quando lá chega, o poeta se sente em paz, se revitaliza e dá a vida até às folhas que se aglomeram anunciando o outono. Ah bendito poeta que ama mesmo à distância e num piscar de olhos pode sentir esse amor tão presente.

A felicidade é uma pequena raiz que cresce dentro de cada um de nós. Alguns, com o passar do tempo, vão regando essa raiz até crescer e dar bons frutos e belas flôres. Outros esquecem de regar e a raiz não cresce e nem dá frutos, tampouco flôres e acaba secando. A felicidade é uma raiz que precisa de cuidados, inclusive de bons sentimento. Se souber cultiva-la, terá a felicidade para sempre, mas se deixa-la morrer, perderá a oportunidade e caminhará consigo a infelicidade.

Não deixe que o amor passe pela sua vida despercebido. A dor não dura para sempre. Haverá um momento de trégua e poderá senti-lo, ama-lo. Quando isso acontecer, não pense duas vezes: ame como nunca e jamais pense em prever o futuro, pois as suas incertezas fogem de nossa capacidade de compreender, mas, com certeza, será o tanto com que se amou no presente. Ame, simplesmente ame

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 11/06/2022
Reeditado em 14/06/2022
Código do texto: T7535353
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