PERDER A IDENTIDADE.

A perda da identidade real serve à dissimulação ou ao plantio do equívoco. A integridade é primor no diálogo com a consciência. Somos uma parcela da eternidade, todos, e nela a questão da identidade humana é fato do qual não podemos escapar.

O venerável hoje santo João XXIII, artífice da tão discutida "Mater Et Magistra", teve seu homônimo antipapa.

Falar em João XXIII leva á figura bondosa de um Papa notabilizado por revoluções na Igreja, Concílio Vaticano II, embora breve o papado.

Um outro João XXIII, Papa João XXIII, nascido Baldassare Cossa (Nápoles, 1370 - Florença, 22 de dezembro de 1419) foi Antipapa de 1410 a 1415; que figura em muitas listas de papas.

Era pirata na mocidade, estudou na Universidade de Bolonha. Entrou no serviço da Igreja Católica durante o pontificado de Gregório XII (1406–1415). Cardeal em 1402. Eleito e sagrado em Bolonha, em 1410, para suceder ao antipapa Alexandre V, o primeiro papa cismático eleito em Pisa.

Foi deposto e aprisionado no ano seguinte, 1415. Libertado em 1418, reconheceu Martinho V como verdadeiro Papa e, retornando do Sacro Império, onde estivera encarcerado desde sua deposição, foi ele nomeado Cardeal-bispo de Frascati e deão do Sacro Colégio.

A identidade registra a caminhada desses homônimos. Restou nebulosa a identidade, como muitos desconhecem e faço agora a história revelar.

Por isto existem públicos heterogêneos também. Por quê? Dá-se na humanidade a diversidade por serem diversos os homens. E a mentira campeia. Muitos se satisfazem com essa projeção falaciosa, mentirosa.

Todas as atividades e vidas estão acompanhadas da real identidade de quem vive. Com todos seus sucessos, complexos, frustrações, dissimulações e truncadas personalidades. O biombo da internet projeta a falta de identidade daqueles que são mitômanos profissionais. Conheço de perto faz anos, pessoa com essa personalidade lastimável, que se investe em títulos que não tem e nunca teve, e arrazoa produções e mentiras "a granel", a ponto de afirmar serem seus, escritos de outras pessoas já falecidas. Querem aparecer a qualquer preço esses párias da verdade, e não conseguem, e vivem artimanhas de mentiras na internet.

Nessa esteira, registre-se que na obra “Natureza do Bem”, em oposição a Maniqueu, de Santo agostinho, Sidney Silveira, com cátedra, mostra que “é esse suplicante religioso, que discernindo entre o verdadeiro e o verossímil, chega à conclusão que a verdade é imortal, e pressupõe uma consciência absoluta e eterna – que não é a humana, mas a de Deus ”. Isso é a identidade.

Quanta realidade em um pequeno período. Por quê? Por ter dito com a ausência de qualquer erronia o Bispo de Hipona, Santo Agostinho ; “a verdade é o que é, independente de quaisquer subjetivismos, porque antes de o homem pensar estão postas as coisas diante dele, não como ele as quer, mas como elas são”. O que o mentiroso conhece da verdade? Somente a mentira que veste sua pobre personalidade. Ele sabe ser um mentiroso, e que essa é a sua verdade. "Está posta diante dele".

Identidade é a verdade de nós mesmos. Não serve à fuga posição protagonizada.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/06/2022
Reeditado em 22/06/2022
Código do texto: T7539488
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