PARA CHORAR DE NOVO. REEDITANDO.

CHORAR POR DENTRO E POR FORA.

Apanho uma de minhas netas (apanhava, hoje tem quinze anos) de carro com uma moça (verdadeira fada) que ajuda minha mulher com algumas obrigações com nossas duas joias, minhas netas.

Após minhas corridas e caminhadas matinais, por vezes, dispenso carro e a fada, e pego minha neta e volto caminhando com ela. Conversas maravilhosas, as melhores de minha vida, ela tem nove anos. Ouvir seu entendimento e mostrar como entender algo. Maravilha. Excessivamente carinhosa abraça a todos que vê e vez por outra parte para abraço de algumas de suas professoras que estão saindo. Hoje foi assim, quando saiu e me deu a mão, logo me soltou e enlaçou uma moça pela cintura que retribuiu intensamente seu carinho. Ficou agarrada com a professora. Ela disse “foi bom não Giovanna?”, e ela disse, vovô, hoje convivemos e fomos visitados por um colégio de pessoas especiais. E disse a professora, “trocamos muito amor”. Fiquei em silêncio um pouco emocionado. Isto me toca profundamente, pessoas especiais. Falei sobre amor hoje tão negado, a professora me olhou com uma certa interrogação. Acrescentei que o egoísmo estava vencendo de certa forma dentro da história. Ela ficou quieta. Disse que mandaria para ela um livro que escrevi para Giovanna que aborda o maior dos amores em face do egoísmo, o amor Crístico.

Em casa, no almoço, me disse Giovanna: Vovô, um dos especiais que nos visitaram disse a mim que nunca mais iria me esquecer, e perguntei a razão e a idade dele. Ela disse que ele tinha dezoito anos e que tinha dito que não iria me esquecer por ter eu dito a ele que somos todos iguais, que ninguém é diferente um do outro.

Evidentemente chorei por dentro e por fora.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/06/2022
Código do texto: T7547260
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