Bicho-Preguiça

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Pela sua lenta locomoção o bicho-preguiça tornou-se conhecido.

Recebe da floresta seu alimento (umas 200 gramas de folhas por dia, demora um mês para concluir a digestão), com seus substratos, aduba à planta que mata a sua fome.

... No seu cardápio constam as folhas de ingazeira, gameleira, embaúba (e seus frutos)...

"Mora na copa das árvores, só desce uma vez por semana para atender o chamado da natureza. O esforço vale apena já que suas fezes fertiliza seu trecho de árvores".

Gasta sua vida inteira a viver (cerca de 35 anos) em apenas algumas poucas árvores.

Esse bicho (um dos primeiros que conheci) é mesmo uma fofura, um encanto de ser, mas, correr não é com ele.

Conta-se que uma preguiça demorou 3 dias para escalar uma árvore, chegar à sua copa. Num vacilo, desprendeu-se de lá, ao chão.

... Mesmo com a queda, ainda lúcida disse ou pensou consigo: "é nisso que a pressa dá".

Fomos ao zoológico de Belo Horizonte: eu e mãe ver os bichos... Vimos aves, animais mamíferos de todos os tipos; num certo espaço, nos deparamos com ela, a dona preguiça.

Estava no chão, desmaiada, por cima da vasilha em que comeu.

... Mosquitos de Itu, enormes passeavam pelo seu dorso peludo; cabeça e rostinho angelical... Nós, estáticos a olharmos aquela "triste" cena...

Por certo deu uma (dó) na mãe, ver a pobrezinha "sem vida" por cima das sobras de alimentos...

Aproximou-se de nós um funcionário do zoológico e, ficou por instantes ao nosso lado a observar o animal.

A mãe perguntou-lhe:

— Essa preguiça está morta?

— Está não dona, o que aconteceu é que, após se alimentar, bateu-lhe uma soneira daquelas... de maneira a não da-lhe tempo nem de tentar voltar, e dormiu por cima da vasilha.

Pensa num bicho bom de cama, é a preguiça; se ninguém o incomodar, dorme cerca de 14 a 20 horas.

*Nemilson Vieira de Morais,

Gestor Ambiental/Acadêmico Literário.

(11:07:22)

Com algumas informações da Biólogo Vera Lúcia, contidas num vídio de reportagem da TV Mercado.

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 11/07/2022
Reeditado em 11/07/2022
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