Nossos filhos são espíritos

Dia 08 de julho é o dia do nascimento da minha primogênita. E nesse ano comemoramos comendo um hambúrguer e passeando pelo shopping, onde visitamos uma livraria. É o nosso gosto em comum. Visitamos também uma loja de variedades, bonecos de linho, bonecos de porcelana, incenso, entre outros artigos.

Como minhas filhas realmente gostam muito de ler, acabamos adquirindo cinco livros que elas escolheram, sendo que três desses foram pagos com o dinheiro que a avó deu a elas.

Os elogios dos vendedores pelo gosto pela leitura, que realmente não parece algo tão comum, vieram aos montes. Mas tive que recusar, educadamente, pois os elogios foram dirigidos a mim. E como pai que não convive tanto com elas como eu gostaria, já que a mãe e eu somos separados, não atribuo a mim a influência que fez com que elas aprendessem a gostar tanto assim desde hábito maravilhoso. Elas são assim desde que aprenderam a ler.

Mas, inegavelmente, somos muito parecidos em muitos aspectos, gosto pela leitura, facilidade no aprendizado, gosto pelo conhecimento de um modo geral. Somos espíritos simpáticos, temos essas afinidades e viemos juntos como pai e filhos, não para exacerbar minha vaidade. Mas para um propósito maior, para que possamos exercer influência uns sobre os outros. Para que como pai eu possa cuidar dessas sementes, adubar, regar, ainda que não seja eu que vá colher os frutos.

Nossos filhos são espíritos (recomendo a leitura do livro: Nossos filhos são espíritos, de Hermínio C. de Miranda) que já viveram muitas vezes e tem sua própria e extensa bagagem espiritual. São, como todos nós, herdeiros do que fizeram com essas experiências. Chegam aqui nesse plano como doces bebês e vão mostrando pouco a pouco o que são de verdade.

Não são troféus nossos, não são exatamente cópias nossas e vão escrever suas próprias histórias, vão fazer suas escolhas. Cabe a nós orientá-los, para que sejam felizes, realizando-se nos mais diversos setores da vida. Mas acima de tudo no sentido da honestidade e de desabrocharam ao máximo o seu potencial divino que todos nós temos.