Terapia com Ele , parte 2

Depois da experiência que tive na UTI, momentos num outro plano da vida, num plano bem sublime, diga-se de passagem, entendi o significado daquelas palavras do apóstolo Paulo: "Em Deus nos movemos e existimos." Atos, 17:28.

Na verdade nada é repentino, o conhecimento é cunhado em nós paulatinamente, como uma construção. Até que um belo dia olhamos para ela e ficamos maravilhados, como se do nada estivesse diante de nós aquele majestoso edifício.

O despertar do que realmente somos, de nossa essência, é a mais profunda forma de conhecimento, por assim dizer. É, para ser mais específico, o despertar da nossa luz interior, o deixar brilhar a vossa luz, o somos um com Deus, o nos conectar com a Fonte Criadora. Cada tradição tem dado um nome para esse processo que culmina no desabrochar do ser integral. Eu sou! A centelha divina encarnada tomou o controle da embarcação e agora esse veículo tem consciência desse fenômeno.

Podemos agora acessar o Google universal, buscar e obter todas as informações que são necessárias para executar com sucesso aquilo que viemos fazer aqui. O foco é total na jornada que escolhemos trilhar antes mesmo de chegarmos nesse plano. Sim, existe um projeto e não, não estamos aqui por acaso ou por mera diversão. Nem por um capricho divino, como pensam alguns, com o objetivo de se divertir com o nosso sofrimento.

A meta é fantástica, é, conectados a Ele, desabrochar as consciências que ainda dormem, sem desrespeita-las. É amparar aquelas que, ainda, não estão prontas. Ainda,  essa é a palavra. Um dia também estarão.

O que queres que eu faça, Senhor? Tenho perguntado a vida toda! Desde que tenho consciência de mim nessa existência tenho o intuito, ainda que muitas vezes distorcido, não corretamente compreendido, dessa conexão. E, se algumas vezes foi por vaidade, a vontade de fazer o que é correto venceu qualquer sentimento menos digno. Seja feita a Sua vontade, seja restabelecido o amor através de mim, instrumento Seu.

Eu posso sentir a Sua luz magnânima qua não busca jamais nos humilhar. Tem sido, mestre, o Sol de nossa jornada espiritual. Tem buscado nos ensinar a grandeza de sermos simples, quando veio como um filho de marceneiro. Quando andou entre os pequenos da Terra, quando brincou entre eles. Quando lavou os pés de seus discípulos, quando disse que não veio ser servido, mas para servir e dar a vida.

Aqueles que, humildemente, almejam servis em Seu nome, te glorificam e saudam.