As regras... as exceções!

Introito:

Os meios de comunicação tornaram o mundo bem menor que o imaginado por Júlio Verne nos seus épicos, fictos e proféticos contos. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, já era. Hoje, dá-se mais de oitenta voltas ao redor deste mundinho nosso em um só mero dia. Isso é fruto da tecnologia escravagista. (Sim! Ela nos escraviza a tal ponto de, sem ela, não conseguirmos viver – se é que vivemos.) Condeno-a? Não!... Isso faz parte da evolução, mas convenhamos, temos que nos cuidar.

 

O avanço tecnológico está nos tornando uma geração vítima da nomofobia – um ser nomofóbico que, preso ao celular, dele se torna um escravo, cuja falta nos impede, até de respirar. Vê-se à mesa do restaurante um grupo de amigos comendo sem, nem sequer, olhar o que se come. Não se comunicam entre si em um momento tão solene: estão degustando o celular. E o pior de tudo é saber que, dentro da própria casa, as famílias, também, repetem a cena descrita e vista no restaurante, onde cada um come sem ver o que estão comendo, por estarem degustando o celular.

 

Isso é fruto da nomofobia. Sem o celular, você se sente ansioso, pensa que – por estar incomunicável –  está mais solitário que Robson Crusoé sem o amigo Sexta-feira 13. Então, você começa a suar, ter taquicardia, e até sentir tremores. Essas sensações, juntas ou isoladas, são mais comuns do que a gente imagina. Ela é fruto da dependência que se tem desse senhor escravagista retangular quem nos fornece uma enxurrada de informações – boas, algumas, outras... nem tanto – e que nos enlouquece ao nos tornar meros robóticos nomofóbicos!

 

Elucubrando volvo ao tempo de criança e sinto no coração um forte bater da incontrolável saudade do meu telefone de latinha! Com ele eu me comunicava com o meu minúsculo mundo, que era do tamanho previsto à época Verne. Era um ser humano bem mais humano que, hoje, sou, por ser liberto desta louca tecnologia! Não corria o risco de me tornar um robótico ser nomofóbico ‘sem ser um humano ser’! Meu telefone de latinha não me robotizava. A “linha de comunicação” não era a Internet, era um fio de linha de coser e não um fio de linha de enlouquecer. Bons e saudáveis tempos em que mais se comunicava com os olhos nos olhos e não com os olhos na tela sem vida de um celular!

 

Parte I:

 

Todo este introito tem o objetivo de dizer que, das mensagens que recebo – e todos recebemos, claro está – algumas são proveitosas. Transcrevo uma mensagem recebida via WhatsApp, cujo conteúdo emocionou-me sobremaneira, diga-se. Ela é de um contagiante valor ético/moral tão carente em nossos dias e que, por esse motivo, vale a pena repassá-la. Vejamo-la, pois:

Havia uma competição entre crianças. A pista de corrida era um terreno de “terra batida” onde os buracos e a poeira davam a tônica. Um detalhe marcante e de inconteste beleza deve ser mostrado: todas as crianças eram deficientes físicas por serem desprovidas dos membros locomotores que foram decepados por acidentes ou pela poliomielite. A propósito, vacinem suas crianças, seus filhos, hoje, para não se arrependerem depois. O fato é que – mesmo sendo “deficientes físicos” eles nos davam uma aula de comportamento ético/moral raramente vista.

E as crianças, fazendo uso de muletas, se alinham na pista para a corrida. Vai começar a prova!

 

Trila o apito, é dada a largada e todos – entre sorrisos e gritinhos dos competidores e da plateia – avançam, trôpegos, vacilantes nos seus passos – para a linha de chegada. Eis que de repente, algo de novo acontece: um lancinante grito se esparge pelos ares! Um dos competidores havia tropeçado na muleta que lhe servia de perna e cai, se contorcendo em dores causadas pelo tombo no solo da pista!

 

Na frente, uma fita vermelha anunciava a marca de que a corrida estava chegando ao seu final. Era tocar nela e correr para o abraço da vitória. O grupo de corredores que liderava a prova estica as mãozinhas para tocá-la e se tornarem os vencedores. E é neste exato momento que o grito de dor lhes chega aos ouvidos – na hora de tocar a fita. Então, eles param. As mãozinhas que deveriam tocar a fita vermelha que lhes dariam a vitória se congelam no ar. Eles olham para trás e veem o amigo caído envolto na poeira da improvisada pista. Nenhum deles toca a fita de chegada que os consagrariam como campeões. Então, todos eles pararam a corrida e voltam para ajudá-lo!  Ato seguinte, eles improvisam – com as muletas das suas deficiências – uma maca e nela colocam o amigo ferido e o carregam até a Linha de Chegada onde todos os competidores tocam – entre alegres sorrisos e ao mesmo tempo – a Fita Consagradora dos Campeões da Solidariedade sob os atônitos olhares de uma incrédula plateia dos “eficientes”!

 

Prólogo:

 

Eis aí, uma linda história que nos faz refletir por ser ela uma exceção. Hoje, impera a lei do egoísmo, onde os valores materiais são mais importantes que os morais. O Ternesse nosso Mundo Cão – se tornou mais importante que o Ser. A ética, solidariedade, honestidade, bons exemplos, o amor e o desprendimento em nos postarmos na ajuda ao próximo, se tornaram meras EXCEÇÕES, quando – na realidade – deveriam persistir como as essenciais REGRAS que naturalmente deveriam ser seguidas! Infelizmente, não é!

 

Pensemos nisso. Vamos volver os nossos olhares para aqueles que – na difícil maratona que é a corrida pela vida – tropeçaram, caíram e não estão conseguindo completar a jornada para tocarem a Fita Vermelha no Final da Pista. Agucemos nossos ouvidos para ouvirmos (Como fizeram as crianças.), o grito de dor daquele que tombado está! Vamos voltar para ajudá-lo. Vamos tecer, com os fiambres do amor, uma maca para soerguê-lo e leva-lo até à Linha de Chegada. Juntos seremos capazes de vencer todos os obstáculos que a vida colocar em nossos caminhos! Juntos, e somente juntos, seremos Um Vencedor!

 

Observação:

A nomofobia é um transtorno psicológico que pode causar danos ao usuário do celular. Você se sente ansioso, pensa que, por estar incomunicável, você começar a suar, ter taquicardia, e até sentir tremores. Essas sensações, juntas ou isoladas, são mais comuns do que a gente imagina. E a esse medo de ficar incomunicável pela falta do celular, e todas as sensações que ele causa, se dá o nome de nomofobia! (http://bioclinicoms.com.br)

Notas do autor.

Imagem Google.

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 10/08/2022
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