Das Minhas Lembranças 31

O movimento popular é diverso. Nas lutas por melhorias nos bairros, por exemplo, a gente lutava pelas melhorias nos transportes coletivo, na saúde, educação, coleta de lixo, saneamento básico, no lazer, por segurança, entre outros. E a diversidade do movimento popular tem também a defesa da causa animal, o meio ambiente saudável, a luta antirracista, por moradias, a defesa das minorias. E por aí vai. Como juntar todos esses movimentos e organizá-los? A quem recorrer, para não ficarmos reféns de políticos oportunistas ou de empresários manipuladores? Quando fui presidente da Associação Comunitária do Bairro Industrial, em Contagem, lá pelos idos de 1998/99, tinha consciência que a mobilização popular seria o nosso suporte.

A ACBI, quando a presidi, tinha uma experiência de quase duas décadas. Sua criação foi estimulada pelo Padre Carlos Pinto. A nossa pequena sede própria funcionava e ainda funciona, onde fora a primeira igreja católica do bairro e foi doada pela Paróquia São José Operário. Em 1998/99, encabecei a chapa vitoriosa, com: Adilson Dutra, Aparecida Novelo, Ciro Araújo, Dona Geralda, Dona Iris Moreira Rodrigues, Dona Terezinha, Geraldo Bernardes, Marlene Vilaça, Neuza, Rubens Pinheiro, José João e mais um, cujo nome me foge da memória.

No próximo capítulo vou contar sobre algumas bandeiras de luta, que travamos: a melhoria no transporte coletivo; o aniversário de vinte anos da associação, com celebração ecumênica e rua de lazer; o forró, cujo objetivo era o de proporcionar lazer e arrecadar uma grana, para a manutenção da sede; a criação do Informativo ACBI; o programa de rádio na rádio comunitária, a parceria com AA Mãos amigas e com a Associação dos moradores do Bairro Lindeia, na luta pelo alargamento da passagem da via férrea, entre a região do Bairro Industrial e Bairro Tirol, na região do Barreiro.