EXAGEROS À PARTE

A que ponto chegamos! Ter que voltar a um lugar dentro de casa para lembrar o que tínhamos que fazer porque esquecemos.

Há algum tempo atrás haviam pessoas com quarenta e poucos anos que eram consideradas velhas. Hoje aos setenta, alguns parecem ter cinquenta, ganhamos também em longevidade. No entanto não ler, não escrever, não fazer artes, não exercitar o corpo e a mente podem causar sérios distúrbios.

Há os que colocam a banheira para encher e quando percebem a casa ou o apto está alagado, põe a culpa num vazamento.

Há quem coloque algo no forno e só se lembre de quando toca o alarme de incêndio do prédio porque toda a casa está enfumaçada.

Mas há os que colocam algo no forno e, esquecem-se de ligá-lo. Daí perto do meio dia descobre que não tinham ligado o fogão. Menos mal, não queimou o assado... Ele ainda está cru. Pior seria esquecer-se de comer. Aí o caso é mais sério...

Tem gente que sai para fazer compras, tipo eu, que vai ao mercado para comprar pão, saio de lá carregado de sacolas. Quando chego em casa lembro que esqueci do pão.

Alguém me contou que foi pra cidade de carro fez suas voltas, depois ligou para o marido busca-la. Quando chegou em casa viu que seu carro não estava lá. Ligou para polícia dizendo que tinha sido roubada. Dias depois lembrou onde o carro estava. Foi buscar e avisou à polícia que devolveram na sua casa.

Tem uma outra que foi trabalhar e voltou de ônibus. Em casa lembrou que deixou o carro no serviço. Menos mal, no outro dia foi de ônibus e o carro estava lá, quietinho!

Teve uma que me disse que colocou seus panos de prato para ferver numa panela e esqueceu. Sentou-se para ver Pantanal, envolveu-se no beijo da Juma e do Jove e viu a fumaça pela casa. Pensou a coisa tá pegando fogo. Eram seus panos de prato que tinham virado cinzas.

Outra não queria contar, mas devagar confessou algo apavorante. Ouviu tiros pela casa, pensou que eram balas perdidas. Que nada! Ela tinha posto vários ovos de codorna pra cozinhar e se esquecera. Era ovo pra todos os lados estourando. Por pouco não recebera um na testa.

Outra me contou que quando jovem comprou aipim (mandioca) para cozinhar com casca. Era recém-casada. Teve que jogar aquela água barrenta e o aipim fora. Tinha ouvido a mãe dizer que aipim novinho abria fácil.

Consolem-se! Gente jovem também faz destas coisas.

No entanto se serve de consolo: ler, fazer exercícios, fazer palavras cruzadas, ler poesia, escrever histórias, ouvir mais música e ver menos televisão ajudam a mente a se exercitar.

Imaginar é tudo de bom. Sonhe! Viaje mais! Compre menos e viva saudavelmente...

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10.08.22

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 10/08/2022
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