A CIGARRA, A FORMIGA E OS HUMANOS

Pensando na minha situação atual e no rumo que ela tem tomado no decorrer dos tempos lembrei-me da fábula da Cigarra e da Formiga, de Esopo...

Muitas das pessoas que passaram por minha vida: parentes, amigos ou só conhecidos, também agiram feito formigas ou cigarras. Não importa qual a razão que os faça seguir seu destino, se por um ou por outro estilo de vida.

Eu, jamais deixei de comer ou fiz qualquer sacrifício com o objetivo de TER. nunca pensei em ter várias casas, barcos ou muitos carros. Sempre vivi confortavelmente e tendo em vista o sistema financeiro brasileiro nunca fiz uma polpuda poupança.

Agora, que passei dos setenta anos, olho para os lados e vejo que nem casa própria eu tenho. E, caso me aconteça algo mais sério, nem tenho quem cuide de mim. Todos seguiram seus caminhos e ninguém olha para trás.

Eu é que comecei a olhar pra frente, e isto tem me assustado. Não gostaria de ir para um asilo, porém, penso que estou sem opções. Por isto me veio a fábula da Cigarra e da Formiga. Conclui que na vida “cantei” mais e trabalhei “menos”, ou seja não acumulei riquezas para minha guarida futura. Não tenho sequer um “quartinho” na casa de ninguém.

Deve ter muita gente vivendo algo parecido, por isto, pensei em registrar numa crônica para quem me ler faça melhores escolhas que eu.

No Brasil não fomos educados para poupar, aí na hora decisiva não temos para onde ir. Nem para colocar a “viola no saco” e seguir em frente dará.

Vamos pensar juntos que um dia alguém pode bater na nossa porta e dizer:

- Saia! Eu preciso desta casa!!!

E agora o que podemos fazer...

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12.08.22

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 12/08/2022
Código do texto: T7580937
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