O poder da oração

Eu penso que isso aconteceu em 1971,72, eu tinha então doze anos, meu irmão Clemilton havia se casado e tinha uma filha de 2 anos, Ana Cristina que estava doente e foi internada no hospital Luiz de França, estava na UTI.

Caso grave, e mesmo assim sem diagnóstico, foi feito uma junta médica para ver o que ela tinha realmente e mesmo depois dessa junta, não havia resposta. Era um mistério.

Papai perguntou ao médico: vai morrer? O médico disse: se não conseguirmos descobrir o que é, é provável. Papai decidiu tirar do hospital e levar para casa, foi bastante complicado. Como era uma internação particular e papai que pagava, ele conseguiu tirar.

Levou Ana Cristina lá para casa, entregou nos braços de minha mãe que ficou sentada numa cadeiras tipo poltrona, com braços, de madeira, bem antiga, que havia na sala de jantar, no canto.

Papai, foi buscar a mãe Anália, minha mãe de leite, ela trabalhava lá em casa na época que eu nasci. Chegou em casa entrou com o carro na garagem, mãe Anália desceu e caminhando com dificuldade, ela era um pouco gorda e muito bonita, Morena, cabelo sempre curto, já grisalho.

Ela se apoiou na porta para entrar, levantou a cabeça e eu observava tudo próximo a ela. Mãe Anália, que olhava para o chão, levantou a cabeça e olhou Ana Cristina de longe, e com muita bondade na voz e no coração, ela disse: ah! Comadre, ( era assim que ela chamava mamãe, e disse: Ah! Comadre, a bichinha está com sarampo encubado, vou orar para sair.

Assim de longe, sem muito olhar, ela deu o diagnostico, O antibiótico que os médicos estavam dando, impedia da doença de sair e desse jeito encubada há dias poderia ser fatal.

Ela se aproximou, preparou tudo para orar, mãe Anália era rezadeira e das boas.

Pegou as plantinhas dela e saiu orando dizendo baixinho e balançada a mão freneticamente com as folhinhas. No dia seguinte, o Sarampo saiu, confirmando o diagnóstico.

Fiquei pensando nos médicos, na junta médica e como papai foi iluminado ao tirar Ana Cristina do hospital.

Hoje, já mãe de três filhos, casada, próximo já a ser avó, talvez nem saiba dessa história. Era multo criança para lembrar.

Eu fiquei muito impressionada com o que eu vi. Como uma pessoa que nunca estudou tem um dom tão abençoado e diz um diagnóstico que os médicos ,que tanto estudaram, não sabiam.

Papai fez muito bem de tirar a Ana Cristina do Hospital e chamar a mãe Anália, mamãe, não achava isso adequado. Pois, foi isso que salvou a vida da neta dela.

Incrível o que aquela senhora simples, bondosa de olhar simpático fez.

Mas, ela conseguiu salvar a vida da minha sobrinha, a uma distância de seis, sete metros, mamãe estava di outro lado da sala. E ela só olhou rapidamente logo deu diagnóstico.

O Hospital devia ter chamado mãe Anália para ajudar outras crianças. Melhor que o médico.

Certa vez, anos depois, eu já era mãe e meu filho tá seis meses, fui com minha irmã a casa de praia de um casal amigo dela, A tarde, meu adoeceu, foi rapidamente, seu olhar ficou meio baixo, ficou mal mesmo, minha irmã disse: é quebranto. E, quando voltávamos a praia passamos na casa de Mãe Anália, uma fila enorme lá fora, de crianças e entrei com meu filho.

Mãe Anália, foi buscar as plantas e voltou orou E voltei para casa, logo meu filho estava novamente saudável, com olhar brilhante.

É impressionante!

Acho que até mesmo uma pessoa sem fé alguma, ficaria impressionada em ver uma cena assim.

Celia Barreira Queiroz

celia barreira queiroz
Enviado por celia barreira queiroz em 08/09/2022
Reeditado em 28/01/2024
Código do texto: T7601521
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