VALE A PENA LER DE NOVO – (XXII)
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Projeto literário de Olavo Nascimento em apologia às reprises das novelas da Globo que, além de permitir as releituras de textos passados, abraça novos leitores. São textos publicados há tempos aqui no Recanto, cujas republicações serão escolhidas pelo autor considerando a boa aceitação e o grau de dificuldade nas inspirações. A previsão é reeditar um texto por semana. Desde já agradeço a sua visita e comentários.
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 O MEU LÁPIS É UMA PEÇA
 
Foto de Abc Com Lápis Escrevendo No Fundo Branco e mais fotos de stock de  Aluno de Jardim de Infância - Aluno de Jardim de Infância, Aprender,  Conceito - iStock
 
Por Olavo Nascimento (20/09/2022)
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O meu lápis é uma peça! Êta pecinha irrequieta, nervosa e excitada! Este pequeno objeto cilíndrico de madeira, delgado e com uma ponta aparada liberando o grafite, não pode ver um pedaço de papel. Não importa o tipo deste derivado da árvore que, ao vê-lo, o danado do "magrinho" começa a soltar em meu bolso doido para sair. Seja em qualquer folha branca e virgem, no verso livre de algum texto escrito, no pequeno espaço encontrado no jornal amarrotado ou não e até em guardanapos após o almoço que, independente do momento, eu tenho que dar vazão à sua inquietude.

É exatamente nessas horas, que o grafite do meu lápis não perde tempo diante de qualquer papel e logo se posta a dançar sobre ele em movimentos assimétricos, sinuosos e esfomeados. Instigado pela mente que não se cansa de jogar ideias para a mão que comanda essa dança, a danada da pontinha negra de carbono vai desenhando letras, formando palavras e completando frases. Não se importa sobre o que está sendo formado pelos sinais gráficos, desde que o final represente fielmente o que foi inspirado pelo meu pensamento.

A minha inspiração está sempre acesa e não cansa de inventar histórias, romancear sentimentos ou comentar fatos. Com esta semente fértil e maravilhosa que vem de meus pensamentos, o meu lápis já colocou no papel reminiscências da minha infância, da adolescência e da juventude. Transformou casos passados em contos, fatos recentes em crônicas, homenagens e agradecimentos em mensagens e acrósticos, além de amores e paixões em prosas e poesias. Foram vários instantes de concentração em busca de palavras, frases ou versos que visavam o encaixe correto ou quase perfeito no alvo pretendido sem prejuízo da comunicação. E é assim, com as graças do Nosso Pai Maior que não me abandona, que tenho procurado compartilhar com amigos, seguidores e interessados, todo o meu acervo literário que tem sido exposto com transparência e sem frescuras.

Gostar e saber escrever é um dom maravilhoso que deve ser aproveitado e jogado pra fora, porque um texto pronto e bem elaborado sempre nos traz a satisfação pela criação de algo novo e inédito. É quase comparável à felicidade que nos chega pelo nascimento de um filho. Tanto faz o que o meu lápis venha a desenhar, desde que chegue aonde eu quero. Pode ser na revolta de uma crônica sobre fatos lamentáveis, em cartas expedidas ou respondidas, nos pequenos apelos e recados, em mensagens, trovas, pensamentos e nos versos românticos de amores apaixonantes, sofridos, distantes ou saudosos.

Hoje em dia, por força da tecnologia, o meu lápis virou teclado de computador e o papel a tela do modem. Mas a inspiração que me fez chegar até aqui no final deste texto, não podia se esquecer desta pontinha fina e saliente que tanto já fez por muitos escritores, estudantes e pra todos aqueles que precisavam se comunicar em tempos remotos. Portanto, não deixa de ser uma homenagem e agradecimento ao alemão Kaspar Faber, que em 1760 iniciou a industrialização do lápis que revolucionou e incrementou a comunicação no mundo, a partir da famosa marca de lápis Faber-Castel até hoje em evidência. Palmas pra ele então, mesmo não estando mais conosco neste planeta terrestre.


SALVEMOS, PORTANTO, A INSPIRAÇÃO, O LÁPIS, A TECNOLOGIA E A COMUNICAÇÃO.
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blogolavonascimento.blogspot.com.br
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Observações do autor:
Editado em 28/11//2015
Contém 108 leituras incluindo 16 comentários

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Abraços.
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Interações e comentários (meus agradecimentos):

20/09/2022 20:47 - Solano Brum

A pena; O lápis e a caneta...
Um tinteiro de uma só cor!
E quando a coisa ficou preta,
Inventaram o computador!
Hoje, não mais escrevo...
Quase tudo é sem labor...
O teclado, pro meu enlevo;
E minha voz no gravador! 

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20/09/2022 21:56 - 
Luamor
Ainda rascunho minhas poesias
Mas dou preferência as canetas
As vezes faço poesia direito no computador
O velho lápis coitado sinto até dó.
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 20/09/2022
Reeditado em 21/09/2022
Código do texto: T7610581
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