Eis que ...

Eis que eu fico pensando sobre a minha vida, sobre o meu jeito de ser, da forma como me comporto, reajo, vivo a minha vida. Meu jeito de falar, vestir, pensar e até conversar, como interajo com o mundo. Às vezes gostaria de respostas que não minhas, idéias a acrescentar. Sabe aquela história que havia na infância? Os antigos questionários ao qual acrescentávamos perguntas bobas (na época não eram) para todos responder. Pois nestes mesmos, ao final se questionava “o que você acha da dona(o) do questionário” e lá estavam diversos pensamentos que geralmente refletiam coisas boas sobre quem questionava. E como era tão bom ouvir elogios... ao menos lê-los. Acho que sinto falta desse tipo de leitura hoje.

Saindo de “dentro de casa” e observando o mundo aqui ou lá fora é notável constatar que nos deparamos com mais defeitos ditos que elogios. Ouve-se pouco e se fala pouco bem de algo ou de alguém, notícias, as manchetes geralmente são tragédias. Vivemos num palco de um só rosto, aquele em o sorriso se volta para baixo. Exigir elogio é vaidade, fazer por merecer é vaidade, o que é vaidade afinal?

Esta semana vi um vídeo e hoje li sobre uma celebridade, Angelina Jolie. E percebi na edição do conteúdo jornalístico a capacidade que se possui em moldar a imagem de quem está em questão. Vi palavras absurdas, comentários desnecessários... me lembrei de minha avó dizendo: “Deus deu dois ouvidos e uma boca porque?”. Há coisas inúteis que não precisam ser ditas, olhares que não precisam ser vistos e muitos jornalistas que preferem o “furo” a própria verdade.

É possível que uma crítica destrutiva venda mais que a construtiva, depende de quem assiste. Os seres humanos “famosos” acabam virando recortes de olhares, uma vez que poucos os conhecem de fato. E isso é algo que me instiga nessa mídia de fofoca, sensacionalista..... quem as faz morre de fome ou de ambição? Não seriam estes também corruptos? Parasitas – paparazzos, vampiros? Se fossem amigos, fariam isso?

O que escreveriam no fim do questionário? O mesmo que há nas revistas? E a imparcialidade que juram ter quando tiram o diploma de jornalista, cadê?

E nós aqui, mais um numa multidão, um centavo a mais ou não nessa contribuição?

Saudade da infância e seus questionários... inocência e ilusão...