LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO

A liberdade de expressar o nosso pensamento, talvez seja a mais importante das garantias individuais do Art. 5º, IV da Constituição de 1988, pois é através dela que podemos avaliar a higidez moral, a honra e a personalidade das pessoas, independentemente dos status sociais, cargos que ocupem ou das atividades que exerçam.

Diferente de países em que a população sofre os efeitos das ditaduras e do monitoramento oficial, temos a oportunidade de avaliar aqueles que se lançam na vida pública, tendo a maioria deles, o ideal de se dar bem e jamais trabalhar em prol do bem-estar social ou do progresso para todos.

Passado o primeiro turno das eleições gerais, celebram-se os acordos entre os obreiros do sistema e, para tal, são retiradas as máscaras e deixadas de lado as “personalidades” criadas por marqueteiros para se apresentarem como “bons moços” de honestidade ilibada e vida pregressa capaz de causar inveja a Chico Xavier, Irmã Dulce ou Frei Damião.

Como não tem a mínima importância para essa gente, não tivemos a apresentação de programas partidários nem defesa dos ideais. Apenas troca de farpas e lavagem de roupa suja (bastante suja) sobre a atuação na vida pública de cada um dos participantes.

Antigos correligionários, depositários de informações escabrosas, trouxeram a lume os crimes de influência, corrupção, roubos e assassinatos cometidos pelos “inimigos de plantão”, quer pessoalmente ou através de mandatários.

Mas, passado o vendaval de paixões tudo volta ao normal e, em nome de uma fidelidade partidária que jamais existiu (ou existirá), declaram-se os apoios aos bandidos de ontem. Em nome de um falso “projeto de país” pessoas cínicas, sem ruborizar a cara, declaram seu voto e se engajam nas campanhas daqueles bandidos que, de alguma forma lhes garantam uma teta gorda para mamar por mais quatro anos.

O que nos conforta é saber que os bons e, principalmente, os maus exemplos servem para a formação das novas gerações e que esses políticos oportunistas serão paulatinamente alijados da vida pública vez que a maioria do nosso povo adquiriu conhecimento sobre os meandros da política e está disposto a participar ativamente nas decisões.