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Por que escrevo? (BVIW)

Mais um dia chuvoso, frio e melancólico, dias assim não são pra mim, sofro com a vontade de não fazer nada. Me resta escrever e por que escrevo? Essa pergunta não me sai da cabeça, fica martelando, pois sempre que publico algo, seja poesia, conto ou crônica, sinto vontade de despublicar, é como se não fizesse sentido o amontoado de letras. Quem irá ler? Há sempre algo a ser dito, isso é certo; não entrarei pra história, isso também é certo, mas é como um vício, como um divã, se não tenho coragem de denunciar todos os fantasmas inadimplentes que habitam meu mundo, ao menos eu os dou vida através dos escritos e faço minha mente perambular por todos os neurônios capazes de expulsar vivências enigmáticas. Escrevo sim e porque escrevo, sei mais de mim, sei por exemplo "que nada sei", "que a sabedoria começa na reflexão" e que "inteligente é aquele que sabe que nada sabe". E quem disse isso? Sócrates(470 - 399 a.C). A história não tem escritos deixados por Sócrates e sim, relatos de seus discípulos, Platão e Xenofonte. Já pensaram se esses discípulos não estivessem ali para escreverem toda essa grandeza de pensamento? Consta que a escrita nasceu há cerca de 4000 a.C., lá na antiga Mesopotâmia, pelos Sumérios e de lá pra cá, muitos e muitos escritores surgiram e com eles, a necessidade de transferir sentimentos, narrar fatos, emocionar, ensinar e fazer refletir. Então, por que escrevo? Talvez para me salvar da procrastinação da minha alma, para não parar de pensar, pois quando penso, torno-me viva, assim como os admiráveis escritores.


Sandra Laurita
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*Tema Proposto: Admirável Escritor. (Crônica)

 

 

Sandra Laurita
Enviado por Sandra Laurita em 11/10/2022
Reeditado em 12/10/2022
Código do texto: T7625125
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