Dia da (nossa) criança

“São crianças como você

O que você vai ser

Quando você crescer”

Num primeiro momento, essa ideia pode parecer contraditória.

Na década de 90, eu (e, provavelmente, você), não tinha noção da profundidade desses versos.

Afinal, éramos os filhos e as tais crianças.

Crescemos criticando as atitudes de nossos pais (ou a falta delas).

Mas é importante que, hoje, não nos culpemos por isso.

Sempre foi uma reação legítima e natural.

Hoje, adultos e, muitas vezes, pais, muitos de nós já entenderam, claramente, o que Renato Russo quis dizer em tão poucas palavras.

Nós nunca deixamos de ser crianças!

Ainda que a vida nos arrebate com decepções, dores e perdas, há, viva, dentro de cada um, a mesma criança frágil e assustada.

Agora, não é o escuro ou monstras que nos assombram, é a vida.

Por vezes, diante das mais diversas dificuldades, nosso instinto é nos trancarmos no quarto e, deitados em posição fetal no colo da mãe, esperar que a tempestade passe.

Mas, infelizmente, não dá.

Não há fuga, nem colo, nem mãe.

Somos adultos e, sozinhos, essa é a vida que devemos enfrentar.

Nós crescemos, Renato, e, de fato, somos nossos pais.

Que hoje possamos, também, homenagear a criança que habita em nós.

Feliz dia 12!