CATUABA, LOVE & POESIAS

Ontem foi uma noite diferente. Os algoritmos do Instagram me levaram para um Slam que estava acontecendo no centro da cidade. O espaço estava lotado, era o multiverso, pois por ali orbitavam pessoas que eram um universo de si. Os especialistas em observar a vida com outros olhos estavam vendendo suas artes esculpidas no papel; e cada palavra solta, cada sorriso, cada olhar, cada anotação em bloco de notas eram poesia em movimento em sua forma mais pura!

Gosto muito das coincidências que a vida nos proporciona porque ela nos mostra como é bom estar vivo e o quão pequeno é o mundo! E por falar em mundo, antes que ele acabasse, tive a oportunidade de conhecer o Vinícius Queiroz, ator e poeta, o qual acompanho seu trabalho pelas redes sociais. Nos mantivemos sentados à mesa trocando uns versos e molhando as palavras com cerveja e logo em seguida, a Letícia chega com toda a sua presença. Ela é a moça que eu ficava admirando de longe por toda a sua beleza, estilo e, claro, pelo batom vermelho que destacava seus lábios com piercing às 7h da manhã (Muuuahhhh!). Conheci pessoalmente essas duas pessoas incríveis e presenciei o primeiro encontro deles. Dividimos a mesa, as bebidas, os poemas, as reflexões, os risos e a vídeo chamada com o Tiago que ficarão registrados nas minhas memórias. Um rolê totalmente aleatório!

No retorno para casa apareceu em nosso caminho um homem com 49 anos de idade que reclamava da solidão. Não tinha esposa, namorada ou filhos para o acompanhar nessa estrada da vida, mas há 20 dias havia adquirido um celular para lhe fazer companhia. O motivo? Medo de se apaixonar e sofrer! Perguntei o que ele fazia para se divertir e me respondeu dizendo que trabalhava como vendedor ambulante em todas as suas horas livres, ou seja, quando não estava trabalhando, ele trabalhava ainda mais. O smartphone era o seu único entretenimento!

Ainda havia brilho naquele par de olhos medrosos e tristes. Algo aconteceu dentro dele depois dessa conversa. Afinal de contas, a vida é muito efêmera para não vivê-la por medo de sofrer por algo que não aconteceu, melhor sofrer por algo que poderia ter sido. Não é mesmo?

Portanto, experimente coisas novas, conheça pessoas, vá a lugares que nunca esteve antes. Não deu certo? Bate a poeira e olha pra frente! Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? A existência nos proporciona encontros únicos e coincidências ímpares! Tenha disposição para correr o risco! Permita-se!

Adenize Cardoso
Enviado por Adenize Cardoso em 24/10/2022
Código do texto: T7634562
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