Ao conhecer os Poetas

Poetas! Os imortais, que já existiram e ainda existem

Um bate papo com meu amigo Jotafá, uma conversa que seria mais uma entrevista, em certas pessoas, sempre existe alguma coisa que precisa ser conhecida, me seria como se fosse um dever de casa com necessidade em ser feita, ao conversar com o amigo.

Jotafá que já foi um professor da língua portuguesa, já começa me interpelando:

--- o que você acha dos imortais?

--- imortais? (pergunto eu pra saber o certo)

--- os poetas, principalmente os que já se foram!

Depois desta resposta ele continua:

Um dia na escola que eu lecionava, o diretor me chamou e disse:

--- Jota, preciso te encaminhar em uma missão, creio que és capaz de resolver isso, veja bem essa turma que vai formar o segundo grau, esses jovens parece que estão sem direção, o amor à pátria, a crença no sobrenatural, dá a impressão que estão se perdendo cada vez mais todas essas coisas importantes na mente deles, faça alguma coisa meu rapaz!

Meu amigo Jotafá reuniu com sua turma de alunos, em uma de suas aulas foi apenas um teatro, escolheu três estudantes pra declamar algumas poesias, o primeiro começou com alguns versos de Carlos Drummond:

“-- No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/

tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra.”

Estes versos soaram meio estranhos, mas o professor explicou a luz e beleza em cada palavra.

A pedra no meio do caminho (ia falando ele) são os obstáculos em nossa vida, viver é realmente isso, não podemos algumas vezes fugir dos problemas, mas sim enfrenta-los.

Depois outro aluno declamou alguns versos de Gonsalves Dias:

“Minha terra tem palmeiras,/ Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,/ Não gorjeiam como lá.

(pulando para os últimos versos pra não ficar muito extenso)

Não permita Deus que eu morra,/ Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores/ Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,/ Onde canta o Sabiá.”

Nestes versos vocês podem ver a beleza do amor à nossa pátria, ao analisarmos cada palavra de toda poesia, maravilhas pura!

Depois outro aluno declamou os versos de Casimiro de Abreu:

“Eu me lembro! eu me lembro! / Era pequeno E brincava na praia; o mar bramia

E, erguendo o dorso altivo, sacudia/ A branca escuma para o céu sereno.

E eu disse a minha mãe nesse momento: /“Que dura orquestra! Que furor insano!

“Que pode haver maior do que o oceano,/ “Ou que seja mais forte do que o vento?!” -

Minha mãe a sorrir olhou p’r’os céus /E respondeu: - “Um Ser que nós não vemos

“É maior do que o mar que nós tememos, “Mais forte que o tufão! meu filho, é - Deus!”

Nestes versos o poeta descreveu a importância de saber das magníficas obras de Deus, sua grandiosidade também, e ele estando acima de toda sua criação.

Então meus alunos, as obras desses seres imortais (continuava o professor) dá pra sentirmos em cada momento de nossa vida algumas belezas que permanecem ocultas.

A SEMENTE FOI LANÇADA, TALVEZ NEM TODOS OS ALUNOS ESSA SEMENTE VALIOSA SURTIRÁ DEFEITO, MAS MESMO GERMINE EM POUQUÍSSIMOS ALUNOS, JÁ VALERÁ A PENA. NOSSO PAÍS PRECISA CADA VEZ MAIS DE MENTES BOAS, RENOVADORAS...