"Filosofé", Auto-Aju... Engano & Notas Cítricas e Amadeiradas na Cicuta de Montaigne
A filosofia tem sido usada como conforto, como uma espécie de elixir para uma vida melhor - de sucesso (tal como a bíblia e todos os outros livros de auto-ajuda que têm, como promessa, um "paraíso" ao final da jornada!).
Seja lá o que isso tudo for...
No entanto, em sua raiz, ela deveria ser mesmo é a - árdua, desgastante e repleta de frustrações - busca pelo entendimento da existência e também da própria morte - sem nunca almejar vantagens, competições, exibições, egocentrismos, panacéias ou quaisquer outros "passeios mágicos e encantados por ruas de ouro" - das vaidades...
Em suma, ela deveria ser é o próprio inferno!
Longe de nos dar conforto, sua função é - basicamente - a de trazer os sofrimentos da conscientização e a angústia real e constante do ser, tendo em vista a finitude como ponto culminante dessa trajetória vã, desoladora e - a bem da verdade - totalmente desprovida de sentido.
A fantasia, a fé, a esperança (o único mal lá que restou na famigerada caixa da Pandora!) e o auto-engano - estes, são só paliativos e opcionais...
"(Porque...)
Como no célebre dito lá do velho Michel de Montaigne:
"(...) filosofar é aprender a morrer..."
Não é??? - 🥃