Dois causos do fim de 2007
Para o Corinthians, cair para a 2ª divisão neste domingo era o mais justo. Também era o que todos esperavam - visto o time ruim e inexperiente que tem, mas é a única chance de salvação para um clube que se afundou de tal maneira em suas bases políticas e administrativas. Não que eu ache que "já que está no inferno, abraçe o capeta", mas, numa situação dessas, o melhor que pode acontecer é começar uma reestruturação do zero, sem a pressão de estar enfrentando os grandes clássicos ou de ter que buscar uma vaga na Libertadores, sem a menor condição para tal. Em pouco tempo, com o apoio da imensa torcida e o bom senso de seus atuais diretores, para não cair em novas ilusões de parcerias fraudulentas, esse clube tem tudo para voltar a ser um dos grandes do futebol brasileiro. Escrevo como um torcedor que já viveu isso, com o Grêmio, e perdeu o trauma de passar uma temporada na série B.
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Hugo Chávez, para o bem dos venezuelanos - opinião minha, perdeu o referendo em que propunha significativas mudanças na Constituição do país, sendo a principal delas a possibilidade de sua perpetuação no poder. Este é o principal motivo pelo qual me oponho a esta cartilha do homem que controla oito canais de televisão e cassa concessões de quem não aceita seus exageros políticos.
Apóio alguns poucos pontos da proposta de Chávez, como a diminuição da carga-horária de trabalho de seis para oito horas diárias, e a criação de um fundo para pagar aposentadorias a trabalhadores informais. No entanto, sou contra a redução da idade mínima, de 18 para 16 anos, para o cidadão poder votar (acho que deveria ser facultativo até os 21), contra a perda da autonomia por parte do Banco Central, e acima de tudo, contra a estratégia paternalista e carrancuda com a qual o líder venezuelano quer se tornar o novo Fidel Castro, tendo no falido comunismo cubano seu modelo para a América Latina.
Enfim, é claro que os chavistas que, por acaso, lerem este texto, podem se manifestar contra minha posição, pois não tenho nada contra opiniões contrárias, quando são construtivas.