Há já alguns anos (décadas, se eu não estiver exagerando) há novos seres humanos vindo a esse mundo e, em virtude de já nascerem conectados a smartphones, notebooks etc., perderam, desde a fábrica, grande parte de sua conexão com nós, humanos, de outras gerações... (A dificuldade de mencionar o neologismo – modéstia à parte, sou bom nisso! – "Frankeinsteinização", de modo direto, sem explicar de onde eu tirei isso [leitor atento, Você dispensa essas apresentações, não?], partindo para um novo parágrafo, está a tomar conta de mim...) (Bem, ultrapassei o bloqueio; vamos ao que interessa?)

 

Chamarei de "'Frankeinsteinização' do ser humano" essa geração que já nasce conectada à nova tecnologia e DESconectada de seus predecessores. Tudo é motivo para foto, para aparecer nas redes sociais etc. (Frankenstein – e esse era o sobrenome de Victor, o Criador de "Adam" [não tenho certeza se esse é mesmo o nome real da Criatura] acabou por dar seu sobrenome à criatura, mesmo sem o saber... Deve ser falta de atenção do grande público...)

 

Mas que diabos é essa tal de "'Frankensteinização' do ser humano" mesmo? Ora, é uma forma de desumanizar as relações humanas. Estamos passando a viver uma ilusão (ou Meta Ilusão, para fazer alusão à Ilusão [mais uma!] de Mark Zuckerberg, criador da tal "Meta" [cuja meta real ainda não me parece muito clara...]) de que a realidade virtual chegou para ficar; enquanto o que é humano, sensível, racional, emocional etc., vai virar peça de museu (se continuar existindo, claro...).

 

Eu lecionei em escolas públicas por quase vinte e cinco anos. Um número superior a 90% dos alunos que eu conheci não sabia ler nem escrever direito. E isso mesmo antes de haver smartphones etc. disponíveis à maior parte da população. O grande companheiro de todo estudante (o LIVRO de papel) já não tinha muito apelo para a maior parte dos alunos. E grande parte dos que liam não treinavam a escrita, a produção textual. Isso já dava um sinal de perda de habilidade leitora/escritora.

 

(Esse assunto mesmo já está me dando nos nervos. Esse próprio texto meu está com falhas – há um tom de prolixidade, de falta de clareza, de coesão entre os parágrafos e mais alguma coisa que me escapou... E eu aqui, abusando das reticências....)

 

Compartilho, então, dessa criatividade estéril (esse título me apareceu ex nihilo, há pouco, e eu achei que seria legal demais empregá-lo em mais algum texto meu. Só não sabia que seria mais um texto meia boca, beirando ao ridículo, como esse aqui...). Ah, chega! Pra mim, já chega!