MEMÓRIAS

Quando vejo uma moeda, lembro de minha vó, ela sempre dava estas moedinhas para comprarmos doce no bar. Toda vez que ela recebia sua aposentadoria, era eu que ficava feliz. No velório de vovó eu chora e reclamava “quem vai me dar moedas, agora?

Eu, por exemplo, quando vejo um gramado verdinho, lembro de meu avô, pois morava no sítio e na frente da casa havia grama verdinha e muito bonita, transmitia muita paz e sossego, por isso, ativo minha memória e lembranças do vovô, ao olhar para um gramado, sinto saudades.

Gostamos de relembrar muitas coisas, inclusive de comer pão com hamburguer, saudades de minha vó. Nunca esqueço dos choques que levava ao cruzar uma cerca elétrica para ir à escola, sempre esquecia e colocava a mão no fio, era aquele susto.

Meu avô sempre carinhoso comigo, mas um dia antes dele falecer, deitei no seu colo, no sofá, por isso, quando vejo um sofá lembro das boas memórias em família. Falando em lembranças, nunca mais esqueci a surra que levei por ter comido uma caixinha de leite condensado, cada pouco eu e minha prima íamos até a geladeira e comíamos um pouco, até sermos descoberto e apanharmos pela “traquinagem”.

Nossas memórias ficam guardadas no subterrâneo do nosso cérebro, mas quando ativamos na ocasião de um cheiro, uma música, um objeto, um olhar, um filme, um fato, tudo vem à tona, e estas lembranças ativam nossas memórias.

LEANDRO FERREIRA GUEDES

RODRIGO EMANUEL RAMOS